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quinta-feira, 16 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 22/11/2016

Empregados cobram fim da gestão do terror na Caixa

Grupos de trabalho, conquistados na Campanha 2016, discutirão temas cruciais e que interferem no dia a dia dos bancários: caixa-minuto e descomissionamentos unilaterais
 
Duas importantes conquistas da Campanha Nacional Unificada 2016 começam a se concretizar nos dias 24 e 25 de novembro, quando serão iniciadas as discussões dos grupos de trabalho (GTs) sobre descomissionamentos unilaterais e o caixa-minuto. Esses grupos são formados por quatro representantes dos empregados e quatro da instituição; o objetivo é buscar melhorias na gestão do banco público.
 
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) tem posicionamento claro nesses debates: o fim do caixa-minuto e a suspensão do código 950 gerador de uma série de mecanismos que levam as pessoas a perderem uma comissão.
 
“Já enviamos comunicado para a Caixa para que venha para os debates com dados sobre, por exemplo, a quantidade de descomissionados, quantos estão exercendo a função de caixa-minuto e o impacto disso nas agências. Essas informações darão condições para que façamos um debate sério”, afirma o e coordenador da CEE, Dionísio Reis, assinalando que os bancários enviaram diversas sugestões para esses temas. “Fizemos reuniões com bancários de São Paulo, Osasco e região, o mesmo ocorreu em outras bases sindicais. Mas é necessário que a Caixa assuma o compromisso de suspender essas medidas, que tanto prejudicam os empregados, durante as negociações.”
 
FIM DO DESCOMISSIONAMENTO
Na quinta-feira (24) será a vez do GT sobre descomissionamento. Também por meio da versão 033 do RH 184, a direção da Caixa criou uma série de normas – reunidas no código 950 – que levam a pessoa a perder sua comissão por função.
 
Até a publicação desse código, a comissão era automaticamente incorporada à remuneração do trabalhador após dez anos. A perda, nessa situação, só viria a ocorrer em duas possibilidades: a pedido do trabalhador ou devido a falta grave e comprovada após processo administrativo. Mesmo quando isso ocorria, o bancário ainda permanecia com a remuneração inalterada por 180 dias.
 
Agora, a Caixa não está mais realizando essa incorporação – desrespeitando inclusive a súmula 372 do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que determina a medida – e ainda criou mecanismos para que os trabalhadores não façam jus a esse direito.
 
“Para que o bancário ascenda na carreira ele precisa passar pelo processo seletivo interno (PSI) e preencher vários requisitos. É difícil chegar a uma promoção. Para perder a comissão fica a gosto da chefia, sem critério. No entanto, há mais de dez anos reivindicamos a negociação de regras para que o bancário possa se proteger de perseguições e injustiça. E agora até quem podia incorporar corre risco de perder”, critica o coordenador da CEE. “Por conta disso criou-se um clima de terror, com as pessoas assustadas, com receio de perder boa parte da composição de seus salários. Ninguém consegue trabalhar direito num ambiente desses. E nesses GTs queremos debate produtivo para que de fato melhore a gestão da empresa tanto em prol dos empregados quanto para fortalecer o papel de banco público.”
 
FIM DO CAIXA-MINUTO
O GT sobre caixa-minuto ocorre na sexta-feira (25). Nesse caso, Dionísio relata que desde 1º de julho, também a partir do RH 184, o banco extinguiu a função de caixa. Assim, quando alguém deixa essa tarefa em uma unidade não há reposição e, para dar conta do fluxo de usuários, empregados de outros cargos assumem o posto e recebem pelos minutos trabalhados.
 
“Sobrecarrega as pessoas que se veem obrigadas a exercer mais de uma tarefa. Além disso, acarreta grandes transtornos quando há, por exemplo, diferença no caixa. E prejudica o atendimento à população que necessita de serviços sociais como o seguro-desemprego, sacar o fundo de garantia, entre outros. Não há justificativas para que o banco mantenha essa medida e reivindicamos a volta desse cargo”, finaliza o sindicalista.
 
  Fonte: Seeb/SP
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