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quinta-feira, 2 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 27/09/2018

Direção do Santander, em atitude arbitrária, manda apreender a Folha Bancária para censurar voz dos trabalhadores

Cerca de mil exemplares do jornal foram retirados pela segurança do Casa 1 de forma truculenta, inclusive das mesas dos bancários; na Torre, trabalhadores presenciaram seguranças recolhendo exemplares da última edição do jornal.

De maneira arbitrária, a direção do Santander mandou apreender, na tarde desta quarta-feira 26, cerca de mil exemplares da Folha Bancária que estavam sendo distribuídos por dirigentes sindicais a trabalhadores lotados no Casa 1/Radar. Na Torre, bancários relataram que encontraram seguranças nas dependências do prédio com vários exemplares da última edição do jornal apreendidos.  

No Casa 1/Radar, funcionários da segurança recolheram os jornais que estavam próximos da recepção na entrada principal, na Rua Amador Bueno, por volta das 15h. Exemplares também foram retirados arbitrariamente de cima das mesas dos bancários, sem autorização.

“Acabou de passar uma pessoa que não sei o nome, acho que um segurança, tirando toda a Folha Bancária das mesas das pessoas. Ele pode fazer isso sem pedir autorização? Que tremenda falta de respeito!”, relatou uma bancária do Casa 1, logo após o ocorrido.

“Vi um segurança do Santander com um punhado de jornais na mão. Pedi um para ele, que me disse que estava recolhendo jornais velhos. Porém, vi que ele segurava a mesma edição distribuída um pouco antes”, relatou um bancário da Torre.

No Casa 1, segundo o dirigente sindical e bancário do Santander Roberto Paulino, outros exemplares de edições anteriores da Folha Bancária, inclusive tratando da Campanha Nacional, também foram recolhidos. 

“Trata-se de uma atitude antissindical, uma tentativa de censurar o jornal ferindo a liberdade de opinião e o direito de organização dos trabalhadores. De forma autoritária, sem qualquer comunicação ou diálogo e agindo nas sombras, a direção do banco sabotou o nosso trabalho, a nossa liberdade de organização sindical, manifestação e opinião”, enfatiza o dirigente.

“A Folha Bancária, até então, havia sido confiscada somente na ditadura. Daí surgiu a Folha Bancária Livre, como resistência, pois ninguém pode calar a voz dos trabalhadores e o clamor por justiça. Será que agora a direção do Santander virou saudosista dos tempos de chumbo, querendo flertar com as candidaturas autoritárias? Não conseguirão nos calar. A Folha Bancária é Livre!”, acrescentou.

Alerta aos trabalhadores

A última edição da Folha Bancária traz informações relevantes sobre as eleições de outubro e um importante alerta para os trabalhadores: os parlamentares e os partidos políticos que votaram contra a retirada dos seus direitos. 

“Estamos em um momento decisivo para os rumos do país, e a Folha Bancária divulgou para a categoria a relação de parlamentares que votaram contra os trabalhadores. Houve censura da direção do Santander, um banco cujo presidente faz campanha e que apoiou a reforma trabalhista, a reforma da Previdência e outras tentativas do governo ilegítimo de Temer de precarização das relações trabalhistas”, salienta Vera Marchioni, diretora do Sindicato e bancária do Santander.

Jornais recuperados

Roberto Paulino conseguiu, no fim da tarde desta quarta-feira, reaver cerca de mil exemplares do jornal que haviam sido apreendidos no Casa1/Radar. O dirigente conta que distribuíra o mesmo número antes do sequestro da Folha Bancária a mando da diretoria do Santander. 

  Fonte: Seeb SP
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