São Paulo – A UNI Global, braço internacional do Sindicato, lançou nota em apoio à luta das mulheres contra desigualdade, violência e discriminação, neste 8 de março, reforçando a importância de combater também assédio sexual no ambiente de trabalho.
No documento, a organização internacional destaca a campanha lançada em 2016, Rompiendo el círculo! Contra la violencia no hay excusas que em português quer dizer Contra assédio sexual, não há álibi e pede para que os sindicatos afiliados possam prevenir e abordar o tema para erradicá-lo.
A UNI lança nesse dia, também, um conjunto de materiais que incluem um Manual de Capacitação que traz instruções para definir o que é um assédio sexual e como acontece, além de saber como identificar o esteriótipo do assediador e da vítima. A entidade disponibiliza ainda, para os sindicatos, ferramentas para criar políticas destinadas à prevenção, bem como agir nos procedimentos de queixa que ajudarão a guiar os representantes dos trabalhadores na condução dos casos.
A vice-presidenta da UNI América Mulheres e secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, diz que o combate ao assédio sexual e à violência de gênero é uma das bandeiras do movimento de mulheres de todo o mundo.
“Os números são assustadores. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 52% das mulheres economicamente ativas já foram assediadas sexualmente. O Mapa da Violência de 2015 mostra que, entre 1980 e 2013, mais de 100 mil brasileiras foram mortas apenas por serem mulher. Sem contar os casos de estupro que ocorrem a cada 11 minutos, e um feminicídio a cada noventa minutos, os relatos de agressão e tantos outros crimes. Combater a violência de gênero é dever de todos. Por isso, estamos empenhadas em aprovar uma convenção internacional sobre combate à violência de gênero na OIT”, finaliza.
Fonte: SEEB/SP