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domingo, 5 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 09/03/2018

Avenida cheia de garra para lutar por direitos

São Paulo – Trabalhadoras, estudantes, donas de casa, jovens, idosas, crianças. Elas ocuparam a Avenida Paulista, na quinta-feira 8 de março, numa grande passeata que encerrou os atos do Dia Internacional da Mulher.

E as bancárias estavam lá. A categoria, que cobra igualdade de oportunidades e de ascensão profissional nos bancos, fez bonito na caminhada que partiu da Praça Osvaldo Cruz em direção ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp.

Elas se concentraram na Regional Paulista do Sindicato, na Rua Carlos Sampaio, para produzir adereços, cartazes, faixas. De lá, caminharam até a praça para se juntar a outras mulheres e dar início à marcha que tomou conta da avenida, um dos principais centros financeiros do país.

“Março é um mês de luta pela igualdade das mulheres com os homens”, afirmava a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, pronta para a passeata com as companheiras de luta. “Temos de debater quanto nós trabalhamos em alguns afazeres, principalmente os domésticos, mais que eles. E o quanto nós ganhamos menos que eles”, afirmou, lembrando que no caso das bancárias, mesmo que os salários sejam iguais, elas têm dificuldade para alcançar cargos de chefia nos quais ganhariam mais. “Apesar dos avanços das mulheres no mercado de trabalho, ainda há desigualdade em relação a oportunidades e salários e a situação pode ser agravada pelo desmonte trabalhista e pela reforma previdenciária.”

A questão da aposentadoria, que a reforma de Temer quer dificultar, prejudica mais as mulheres. “Querem ignorar nossa tripla jornada, elevando a idade mínima para a aposentadoria das trabalhadoras. As mulheres destinam o dobro de horas a afazeres domésticos em relação aos homens, têm taxa de desemprego maior, salário 25% menor, mais rotatividade. Portanto, faz todo sentido que elas se aposentem mais cedo ou contribuíam menos tempo que os homens para ter direito à aposentadoria, como uma forma de compensar a desigualdade sofrida ao longo de uma vida de trabalho em dupla jornada”, reforça Ivone. “O Sindicato luta pelos direitos dos trabalhadores, o fortalecimento da democracia e pela consolidação de oportunidades iguais entre todos.”

Fonte: SEEB/SP
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