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domingo, 5 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 10/03/2017

Aposentados e Bancários mostram que ainda há muito a se avançar em evento no Dia da Mulher

Salário 30% menor, reforma da previdência e violência contra a mulher demonstram que luta contra a discriminação ainda é longa.

A Associação dos Aposentados e o Sindicato dos Bancários, ambos de Jundiaí e região, elaboraram uma programação especial para o Dia das Mulheres. A sede da Associação foi palco de um encontro que reuniu mulheres e homens com o objetivo de refletir a condição feminina em todo o país.

Douglas Yamagata, presidente do Sindicato, abriu o evento ressaltando a discriminação sofrida pelas mulheres no mundo do trabalho.  “A história das trabalhadoras é toda construída de luta. Nos últimos anos tivemos alguns avanços, mas ainda são mínimos. A discriminação continua latente. As mulheres ganham, em média, 30% a menos que os homens e com uma jornada diária muito maior”, disse. Douglas lembra que a categoria bancária foi uma das primeiras a conquistar a licença-maternidade de 180 dias, além de lutar contra o assédio moral e a desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

Fé Juncal, presidente da AAPJ, fez uma palestra analisando o cenário de como ficará o país, especialmente na vida das trabalhadoras e aposentadas, caso a Reforma da Previdência seja aprovada. “As mulheres, socialmente e economicamente, sempre são as mais prejudicadas. Além dos 65 nos como idade mínima para a aposentadoria, terão que contribuir por 49 anos para a Previdência. Sem contar que muitas cuidam dos filhos sozinhas e ainda ficam responsáveis por também cuidarem dos pais na velhice. É um encargo muito pesado”.

Fé também fez um alerta sobre o posicionamento dos veículos de imprensa. “A grande mídia está divulgando a reforma como algo positivo. Mas faz isso porque o governo Temer quer desmontar toda a estrutura do Seguro Social dos trabalhadores, isolando o INSS e fomentando as previdências privadas”.

Mariana Janeiro, mestre em Filosofia Política, apresentou a história de violência contra a mulher. Segundo ela, a vida das mulheres, negros e idosos foram socialmente construídas para não importar. “As mulheres idosas sofrem violência e não se dá importância a isso porque elas não têm visibilidade, ou seja, atinge-se uma certa idade no Brasil e a pessoa torna-se descartável. Isso é gravíssimo. Por isso a importância de haver união e manifestos ferrenhos contra essa situação”.

Amor, turbantes e yoga
Com transmissão ao vivo, as palestras também foram acompanhadas por muitas pessoas pelas redes sociais. Além dos debates sobre a condição feminina, o evento contou com aula de yoga, ministrada pela professora Fernanda Perlatti, aula e história dos turbantes, com a jamaicana Onyx Ruth, do Grupo PretaEu, e a psicóloga Maria Teresa Freddo, que abordou os relacionamentos lúcidos, ensinando técnicas de relaxamento contra ansiedade e depressão. Um sarau animado, com a presença do cantador Eufra Modesto e o violeiro Corvo Campeiro, abrilhantou o encerramento do evento.

Fonte: Seeb/Jundiaí
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