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sexta-feira, 17 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 09/03/2017

Congresso da Contraf reforça luta contra retrocessos

O Congresso Extraordinário da Contraf CUT começou nesta quinta-feira 9, na quadra do Seeb SP, na capital paulista e segue até amanhã. O evento, que irá definir o Plano de Lutas para o próximo período e votará a Reforma Estatutária da entidade, reúne dirigentes sindicais bancários de todo o país.
 
Na abertura foi feita uma análise de conjuntura, onde os representantes dos trabalhadores foram unânimes em afirmar que é preciso disputar as ruas e ganhar o apoio da sociedade na luta contra os retrocessos que assombram não só o Brasil, mas diversos países.
 
“Nossa avaliação era de que 2017 seria um ano muito duro, com planos de privatização, é o que está acontecendo neste governo golpista e conservador. Inovamos com um acordo de dois anos com os bancos para enfrentar o momento de caos. Temos um processo negocial que virou exemplo para outras categorias e assegura os mesmos direitos para bancários em todo país. Chegamos hoje a uma Confederação que tem uma fabulosa história de luta e vamos debater neste Congresso o nosso plano de voo para superar esta conjuntura adversa”, disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf.
 
Ataque aos direitos
 
A primeira mesa da conferência teve a participação do ex-deputado e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Claudio Puty, que enfatizou a grande ameaça que a PEC 287 do governo neoliberal representa aos direitos dos trabalhadores brasileiros.
 
Segundo o professor, o déficit do INSS é fictício e os neoliberais aproveitam deste momento para caçar os direitos dos trabalhadores. Além disso, a proposta representa a demolição da previdência. “O objetivo desta reforma não é salvar a previdência, só o governo do golpe pode propor um projeto tão nefasto como esse sem discutir com a sociedade brasileira. Estamos diante de um ataque aos direitos previdenciários hoje garantidos às parcelas mais desprotegidas da população. Entre os mais atingidos por esta proposta estão as mulheres, trabalhadores rurais, deficientes e idosos”, afirmou.
 
O professor da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, Carlindo Paulo Rodrigues de Oliveira lembrou que, no passado, já houve tentativas de reformas trabalhistas, como a do Governo Lula – que garantia avanços importante para a classe trabalhadora –, mas infelizmente foi bloqueada no Congresso Nacional. “É preocupante que inicialmente a proposta de reforma trabalhista tenha sido apresentada por medida provisória. Essa proposta foi enviada para as centrais sindicais no final do ano. Depois, um projeto de lei alterou o texto e piorou ainda mais a situação dos trabalhadores”, explicou.
 
“Os debates deste primeiro dia de Congresso abordaram temas que atingem toda a classe trabalhadora, como a defesa da Previdência, do emprego e dos bancos públicos. Além de serem subsídios para definir o plano de lutas que será deliberado amanhã, reforça nossa unidade e nossa luta”, afirmou Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP.
 
Sede
 
Na noite desta quarta-feira 8, após o ato do Dia Internacional da Mulher, a Contraf reinaugurou sua sede principal, no centro de São Paulo, com a presença dos delegados do Congresso Extraordinário da entidade.
 
Roberto von der Osten, presidente da Contraf, explicou que a reforma da sede foi pensada para toda a categoria. “As reformas que estão fazendo no Brasil não são para melhorar nada, são para retirar diretos, para acabar com a classe trabalhadora”, disse. “Nesta nossa reforma, nós criamos um arquivo da categoria bancária. Por isso, pedimos aos companheiros que têm lembranças, como documentos e fotos, que nos emprestem para digitalizar e eternizar a luta dos companheiros que criaram a nossa história. Aqui, na nossa casa, todos e todas são muito bem-vindos”, convidou.
 
Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP, representou todas as federações presentes e aproveitou para pedir uma reflexão pelo Dia Internacional das Mulheres. “Hoje passamos pelo primeiro 8 de Março depois de um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Voltamos para um país sem esperança para mudar este cenário de menores salários, menores oportunidades. Porém, nossa maior luta hoje é por mais que isso. Nossa grande luta é pela vida. Chega de machismo entre nós, chega de machismo onde nós estivermos. Machistas, fascistas, não passarão!”, puxou o grito de luta que se espalhou por todo o auditório.
 
Além do centro de memória da categoria bancária, a reforma contou com a ampliação do auditório e novas salas para reuniões e eventos.


FETEC-CUT/SP com Contraf
 

 
 
 
  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf
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