Webmail
quarta-feira, 1 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 07/03/2017

8 de março: Dia marcado pela luta das mulheres

8 de março é o Dia Internacional da Mulher, marcado com atividades de luta e celebração que perduram durante todo o mês. A data foi instituída em um contexto de reivindicações das mulheres por melhores condições de vida, de trabalho e pelo direito ao voto. Desde então, as mulheres buscam avanços e tentam barrar retrocessos e ameaças de retirada de direitos.
 
Dados do estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça com base em séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, comprovam que a luta feminina não é em vão. As mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana. Em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas, enquanto a dos homens era de 46,1 horas. Em relação às atividades não remuneradas, mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas – proporção que se manteve quase inalterada ao longo de 20 anos, assim como a dos homens (em torno de 50%).
 
Neste ano, a conjuntura é de ameaças e ataques aos direitos. As atividades, em comemoração ao mês da mulher, enfocam as propostas de reforma da Previdência e trabalhista. Nesta quarta-feira 8, na capital paulista, os atos começam às 14h, em frente ao prédio do INSS (Viaduto Santa Efigênia, 266), com assembleia das trabalhadoras contra a reforma da Previdência, pelo fim da violência e por nenhum direito a menos. Após a assembleia, feministas, sindicalistas e movimentos sociais se unem em ato na Praça da Sé (concentração às 16h e caminhada às 17h) em oposição à PEC 287 e em defesa das suas lutas históricas.
 
“É importante que a sociedade entenda que com o desmonte geral promovido pelo governo Temer, que tem o objetivo de acabar com a Previdência Social, a mulher trabalhadora será a mais prejudicada, pois já acumula dupla e até tripla jornada de trabalho e ainda ganha menos que os homens, mesmo executando a mesma tarefa”, afirma Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP, que completa: “Vamos todos às ruas para lutar contra os retrocessos e garantir nossos direitos”, convoca.
 
Se a PEC 287 for aprovada, as mulheres terão idade mínima para aposentadoria elevada de 55 para 65 anos. Além disso, como os homens, terão de contribuir por 49 anos com o INSS para ter benefício integral. Atualmente, uma mulher que contribuir desde os 18 anos pode se aposentar com 100% dos benefícios aos 52, se não interrompeu contribuições. Com a PEC 287, terá de trabalhar até 67 anos.
 
“Durante todo o mês de março reforçamos nossas lutas, para que haja avanços na igualdade de direitos”, reforça a presidenta. Os sindicatos filiados à FETEC-CUT/SP têm atividades programadas para todo o mês (confira agenda abaixo).

Fonte: FETEC-CUT/SP
  • Whatsapp
  • Telegram

Leia Mais

FETEC-SP é uma marca registrada. Todos os Direitos Reservados.
INFOSind - A MAIOR Empresa de Gestão Sindical do Brasil