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sexta-feira, 17 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 03/03/2017

Mulheres fazem ato contra reforma da Previdência

Trabalhadoras do Coletivo de Mulheres da CUT/SP, com a participação da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), realizaram nesta sexta-feira (3), na Praça do Patriarca, Centro de São Paulo, uma panfletagem contra a reforma da Previdência (PEC 287), que será o principal tema do Mês da Mulher devido aos enormes prejuízos que, se aprovada, a proposta causará para a classe trabalhadora de forma geral e ainda mais para as mulheres.
 
Além de receberem o Jornal da Classe Trabalhadora, as pessoas que passaram pelo local foram convidadas a fazer a comparação entre o tempo que falta para se aposentar com as regras atuais e o quanto faltará se a proposta do governo Temer for aprovada. O cálculo é feito pelo “aposentômetro” criado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
 
“Essa proposta é um retrocesso. Foi criada para impedir que o trabalhador se aposente. O mercado de trabalho não dá oportunidade para quem tem acima de 45 anos. Como criar uma regra que permite a aposentadoria somente a partir de 65 anos? Se não bastasse isso, o governo quer avançar sobre os direitos das mulheres. Quer igualar a idade mínima para homens e mulheres se aposentarem. Mas, essa igualdade não existe no mercado de trabalho”, explicou Crislaine Bertazzi, secretária de Políticas Sociais da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP).
 
Segundo Crislaine, as mulheres não têm as mesmas oportunidades e recebem salários, em média, 30% menores do que os homens que exercem as mesmas funções. “E ainda, após o expediente, precisam executar as tarefas domésticas e os cuidados com a família. Cumprem dupla e até tripla jornada. Trabalham mais e ganham menos”, completou a dirigente da FETEC-CUT/SP.
 
      > Veja vídeo da atividade
 
O atual governo pretende impor idade mínima de 65 anos para aposentadoria, tanto para homens, quanto para mulheres. Com isso, acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, que hoje dá o direito de a mulher se aposentar após 30 anos de trabalho. No caso dos homens o tempo necessário atualmente é de 35 anos de contribuição. Nas regras propostas pelo governo Temer, para ter direito a aposentadoria integral, além de no mínimo 65 anos, elas terão que ter contribuído por 49 anos.
 
Mesmo homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 serão atingidos. A regra de transição proposta pelo governo obrigará que eles e elas trabalhem 50% a mais do tempo que resta para a aposentadoria.
 
Outras manifestações
Além do ato desta sexta-feira, a CUT/SP convocou uma assembleia para o dia 8 de março, às 13h30, que será realizada em frente à sede do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, no Centro da Capital.
 
Após a assembleia as mulheres caminharão até a praça da Sé, onde, a partir das 16h acontecerá o Ato Unificado das Mulheres.
 
      > Veja agenda
 
Todas as manifestações organizadas pela CUT até o Dia Nacional de Paralisação (15 de março) serão realizadas em parceria com movimentos sociais, buscando contar com o conjunto dos sindicatos e da classe trabalhadora.
 
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  Fonte: FETEC/SP
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