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sexta-feira, 17 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 11/01/2017

Bancários cobram realocação nos cargos e garantia aos excedentes da reestruturação do BB

O Banco do Brasil informou que será reaberto o sistema de ascensão para ajudar na regularização dos cargos
 
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e Contraf-CUT cobraram, em reunião ocorrida nesta terça-feira (10), na sede do Banco do Brasil, em Brasília, garantias aos funcionários de agências em processo de fechamento e aos que tiveram os cargos cortados nos processos de reestruturação iniciado pelo banco em novembro de 2016.
 
Os representantes dos trabalhadores apontaram uma série de problemas verificados em cada base, como a dificuldade de realocação dos gerentes de relacionamento para a lateralidade e também situações onde a única opção dada de realocação tem sido com perda salarial.
 
Foi reiterado ainda a necessidade de respostas quanto ao VCP Permanente (Verba de Caráter Pessoal que mantém a remuneração) como forma de proteger os milhares de funcionários que irão perder o cargo ao final do processo de ajuste dos excessos. O banco informou que ainda não tem a resposta para o VCP permanente, como também não tem a decisão sobre VCP para os caixas que perderão comissão.
 
Foram realizadas 4.563 nomeações desde a abertura do TAO Especial e dos grupos de funções GF7 e GF8 para ascensão. O número de excedentes por grupo de função também foi apresentado até o dia da reunião, sendo que o número varia a cada dia.
 
Abertura do TAO para ascensão
O Banco informou que na próxima quinta-feira (12) será aberto um TAO (Sistema de Recrutamento) permitindo ascensão profissional para os demais grupos de função. O banco garantiu que toda nomeação ou sequência de nomeações em escada, terá que repor um excesso ao final.
 
O coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB, Wagner Nascimento, considera que a liberação do TAO para ascensão profissional só faz sentido de for ajudar a recolocação das pessoas que perderam funções. “Esperamos que isto acelere o processo de nomeações e que o banco já dê a resposta quanto ao VCP permanente, considerando que alguns grupos têm muito mais excessos que vagas disponíveis. Nosso papel é buscar a proteção dos funcionários na via negocial e também por outros meios disponíveis, inclusive jurídicos.”
 
Outras reivindicações
A Comissão de Empresa pediu ao banco esclarecimentos e que fosse melhor divulgado aos funcionários de agências em encerramento as informações para onde cada funcionário irá após o fechamento da sua unidade.
 
Foi reivindicado que nos casos de nomeações com descenso ou lateralidade envolvendo a gerência média, que fosse observada condição de módulo avançado do cargo anterior para o módulo avançado do cargo atual, de forma que minimize a perda salarial nos casos de descenso e mantenha a remuneração nos casos de lateralidade.
 
Endividamento dos funcionários
Foi solicitado ao banco um levantamento sobre o nível de endividamento dos funcionários, uma vez que há projeção de muitos descomissionamentos ao final do processo de reestruturação e isto impactará na renda das pessoas, e, consequentemente, agravará o nível de endividamento.
 
Liberação de remoção para os escriturários
Os sindicatos reivindicaram junto ao BB que fizesse a análise sobre antecipar liberação das remoções para os escriturários com o objetivo de facilitar a recolocação daqueles que ficaram excedentes em razão do fechamento de agências ou absorção de mais funcionários na sua unidade. O banco informou que vai analisar essa situação para que a liberação de uma remoção agora não crie um problema de excesso em dobro em determinadas unidades futuramente.
 
Para Wagner Nascimento, o mapa de vagas disponibilizado pelo banco mostra claramente a necessidade de se dar mais garantias aos funcionários que perderão seus cargos. “A conta não fecha em vários cargos e, ao contrário do que o banco pregou no início da reestruturação, tudo não vai dar certo no final. Por isso criticamos o otimismo do banco em relação às realocações, pois estava claro que haverá muitos com redução de salários. O BB precisa ter coragem e disposição para proteger os funcionários. Implantar o VCP permanente como forma de proteção salarial é de fato se preocupar com as pessoas e defenderemos essa posição colocada em mesa de negociação junto ao Ministério Público na audiência do dia 7 de fevereiro.”
 
  Fonte: Contraf-CUT
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