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sexta-feira, 17 de maio de 2024

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publicado em 31/01/2017

Empregados se manifestam contra aumentos do Saúde Caixa

Trabalhadores da Caixa realizam Dia Nacional de Luta e sindicatos ingressarão com ação de descumprimento do acordo aditivo à CCT
 
Os empregados da Caixa Econômica Federal de todo o país realizaram nesta terça-feira (31) um Dia Nacional de Luta contra os aumentos impostos pela direção do banco ao modelo de custeio do Saúde Caixa. A mobilização é resposta ao reajuste nas mensalidades, na coparticipação e no valor do teto anual da coparticipação dos assistidos da ativa e aposentados, a partir de 1º de fevereiro. Além de reuniões nos locais de trabalho, foi entregue uma Carta Aberta aos Empregados (leia abaixo a íntegra).
 
A Caixa enviou um comunicado aos empregados informando que, a partir de 1º de fevereiro, a mensalidade dos trabalhadores da ativa e aposentados passa de 2% para 3,46% da remuneração base; a coparticipação das despesas assistenciais sobe de 20% para 30% e o valor limite da coparticipação passa de R$ 2.400 para R$ 4.200. Nesse último caso, toda vez que o assistido ultrapassa esse gasto, o complemento é feito pela Caixa.

      > Direção da Caixa dá golpe, descumpre acordo e reajusta plano de saúde
 
Para a diretora da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) e funcionária da Caixa, Jackeline Machado, além de ter que manter a proporção de 70% do custo para o banco e 30% para os empregados, a previsão para o exercício seguinte precisa apontar a necessidade do reajuste. “Mas, o plano está com um superávit de R$ 700 milhões! Mais da metade do custeio total de um ano inteiro, que é de R$ 1,3 bilhão. Esse aumento desequilibra a proporção 70%/30%, faz com que os empregados paguem acima dos 30% e, por conseguinte, a Caixa pague abaixo dos 70%. Na prática, hoje os empregados já pagam mais do que deviam e isso vai onerá-los ainda mais”, explicou.
 
Jackeline disse ainda que, diferentemente do que a direção da Caixa afirma, as projeções atuariais indicam que os exercícios de 2017 e 2018, pelo menos, serão superavitários, portando, não se justifica a imposição desses reajustes.
 
“O que a direção do banco quer fazer é ilegal. Os valores atuais estão assegurados no nosso acordo específico. Tudo foi negociado e o acordo foi aprovado em assembleia por empregados em todo o país. Só poderia haver alteração se passasse por novo processo negocial. Por isso estamos entrando com ação na Justiça para impedir esse reajuste. Mas é essencial que os empregados também protestem para mostrar sua insatisfação”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis.
 
“Além disso, o banco quer aplicar o reajuste na surdina. No mesmo dia em que o aumento foi anunciado, houve uma reunião com o Conselho de Usuários e nada foi dito sobre o assunto. Caso fosse pautado, seria veementemente rechaçado pelos nossos representantes, dado o tamanho do superávit que temos. Não podemos aceitar essa atitude totalmente injustificável da Caixa. É um desrespeito ao nosso Acordo Coletivo, onera sobremaneira os empregados e afeta a sustentabilidade do plano, pois na medida em que transfere o custo cada vez mais aos usuários, torna o plano proibitivo para os menores salários, excluindo esses empregados e encarecendo para os que ficam, promovendo um ciclo vicioso até tornar o plano tão caro que não compense mais aos empregados permanecerem nele”, explicou a dirigente da FETEC-CUT/SP.
 
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Carta aberta aos empregados da Caixa
 
DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA DO SAÚDE CAIXA
 
Os reajustes no Saúde Caixa, anunciados pela direção da Caixa no dia 26 de janeiro, são mais um covarde golpe contra os empregados. A decisão foi tomada sem qualquer debate com a categoria, prática usual da gestão Gilberto Occhi. Trata-se também de um desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e às instâncias de negociação.
 
Diferentemente do que a direção do banco afirma, as projeções atuariais indicam que o plano será superavitário pelo menos nos exercícios de 2017 e 2018. O relatório financeiro de 2016 aponta superávit da ordem de r$ 66 milhões. No acumulado, são quase R$ 700 milhões. Bastou os integrantes do Conselho de Usuários virarem as costas, após a reunião de quinta-feira (26), para a Caixa decidir pelos reajustes. Isso tem nome: golpe!
 
De acordo com o ACT, aumentos devem ser negociados no Conselho de Usuários e na mesa permanente, mediante a apresentação de números que mostrem a necessidade. Também segundo o Acordo Coletivo, cabe aos titulares arcarem com 30% das despesas assistenciais, e a Caixa com 70%. Hoje, porém, trabalhadores e trabalhadoras pagam mais de 30%. Com os aumentos anunciados na semana passada, essa porcentagem será ainda maior. Essa distorção também tem nome: apropriação indébita.
 
Por tudo isso, é fundamental que os empregados da Caixa se mobilizem neste 31 de janeiro em defesa do Saúde Caixa. E também que aproveitem o último dia para votar na eleição do Conselho de Usuários, optando, preferencialmente, por uma chapa que defenda mais transparência e que o conselho deixe de ser apenas consultivo e passe a ser deliberativo.
 
Contraf-CUT, Fenae e outras entidades representativas já ingressaram com ações judiciais para cancelar os reajustes no Saúde Caixa.
 
Vamos à luta!
 
  Fonte: FETEC/SP
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