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Pedro Guimarães age para implodir o Saúde Caixa

Direção da Caixa, encabeçada por Pedro Guimarães, está atuando fortemente para “implodir” o Saúde Caixa, atacando assim o direito à saúde dos empregados, os mesmos que já foram chamados de “heróis de crachá” pelo presidente do banco público. 

Nas campanhas de 2018 e 2020, os empregados da Caixa conquistaram a manutenção do atual modelo de custeio, com contribuição de 70% pelo banco e de 30% pelos bancários. Porém, o modelo de custeio voltou a ser discutido este ano e um novo modelo deve ser estabelecido até 31 de julho. 

Mesmo com a CGPAR 23 fora da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados da Caixa, e em vias de ser sustada por força de lei em projeto (PDC 956) já aprovado na Câmara, que agora tramita no Senado, a direção do banco público insiste em aplicar a resolução, que não tem força de lei, o que inviabilizaria a permanência de milhares de trabalhadores no Saúde Caixa, ameaçando a própria sustentabilidade do plano de saúde. 

“Mesmo em meio a uma pandemia, com os empregados da Caixa na linha de frente, o presidente Pedro Guimarães – que já no ano passado deixou 2.000 novos empregados fora do Saúde Caixa, muitos PCDs, o que só foi revertido com a mobilização e luta dos bancários na Campanha Nacional 2020 – insiste em atacar o direito à saúde dos trabalhadores.

A aplicação da CGPAR 23 acarretará em um modelo de custeio de 50% pelo banco e 50% pelos empregados. E, pior, se você tem um limitador [o que determina a CGPAR 23] e levando em conta a não contratação de novos empregados e a inflação médica, a proporção pode ser pior do que 50 a 50, invertendo para 30% para o banco e 70% para os empregados.

Com isso, Pedro Guimarães parece querer implodir o Saúde Caixa, mudando o modelo de custeio para acabar com a sustentabilidade do plano”, esclarece o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis. 

“Cobramos da direção da Caixa um prazo maior para debatermos o custeio do Saúde Caixa. Os debates não podem ser pautados por uma resolução sem força de lei, que está em vias de ter seus efeitos sustados por força de lei. O mais sensato seria aguardar o exercício do plano e a tramitação do PDC 956 no Senado”, acrescenta Dionísio. 

GT Saúde Caixa
A representação dos empregados da Caixa reivindicou da direção do banco público, em ofício enviado no último dia 23, a ampliação do prazo das discussões no Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa.
O GT Saúde Caixa está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho para discussão do formato de custeio e gestão para a assistência à saúde, buscando a sustentabilidade econômico-financeira. Entretanto, apesar de ter sido assinado em setembro de 2020, o GT Saúde Caixa foi instalado somente no mês de janeiro deste ano.
“A demora para a instalação do GT e a tardia disponibilização do relatório com projeções atuariais aos representantes dos empregados, que ocorreu apenas em abril, comprometeram os debates. Sequer foram iniciadas discussões sobre o modelo de gestão. Além disso, representantes dos empregados enfrentam dificuldades para a realização de reuniões nos locais de trabalho, garantidas na cláusula 45 do ACT, para tratar deste tema e de outros assuntos de interesse dos trabalhadores”, relata a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa Tamara Siqueira. 

Abaixo-assinado
A dirigente do Sindicato lembra ainda que a mobilização dos empregados está sendo fundamental para a defesa do atual modelo de custeio do Saúde Caixa e precisa ser ampliada cada vez mais. “Em apenas duas semanas, já temos mais de 7.200 assinaturas de empregados de todo o país no abaixo-assinado pela manutenção de modelo de custeio sustentável para o Saúde Caixa. É muito importante que todos os empregados, da ativa e aposentados, assinem. Juntos somos mais fortes.” 

Live 
A segunda edição das lives preparatórias para o 37º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal),teve como tema o Saúde Caixa e a luta pela manutenção do atual modelo de custeio do plano de saúde. 
O debate, foi promovido pela CEE/Caixa ( com apoio da Contraf-CUT  e Fenae.

Participaram do debate Leonardo Quadro, presidente da Apcef/SP; Fabiola Antezano, vice-presidenta da CNU – Plano eletricitários; Amanda Gomes Corsino, presidenta do SINTCT/DF – Plano dos Correios; Pauline de Oliveira, vice presidenta da AFBNDES; Rafael Crespo, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindipetro Norte Fluminense; e Alberto Alves Junior, consultor de Plano de Saúde por Autogestão. A mediação será da diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber; e do diretor da Fenae e do Sindicato dos Bancários da Bahia, Emanoel Souza de Jesus. 

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