A busca pela defesa do emprego tem sido uma constante entre as entidades cutistas, sobretudo, na última década, quando o Brasil passou a adotar um novo padrão de crescimento, baseado no reduzido dinamismo.
Deste modo, a grande preocupação é pressionar o governo pela adoção de mecanismos capazes de alavancar a economia do país, por meio de investimentos em infra-estrutura, diminuição das taxas de juros e incentivos a financiamentos, o que repercutiria diretamente na criação de novos postos de trabalho.
Outra proposta defendida por diversas entidades sindicais como instrumento para a criação de emprego é a redução da jornada legal de trabalho, atualmente de 44 horas semanais, para 40 horas semanais. Tal redução seria suficiente para gerar 1,8 milhão de postos de trabalho ou mais, se aliada à restrição de horas extras, conforme estimativas do DIEESE.
A crise do emprego, no entanto, não se resume ao acirramento das taxas de desemprego, motivo pelo qual as entidades sindicais desenvolvem ações contra a precarização das condições de trabalho e contra a informalização, que nada mais é do que empregos sem qualquer proteção trabalhista.
Com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, muita coisa começou a mudar. É fato que as transformações não foram automáticas, mas foi a partir daí que os movimentos sociais passaram a ter maior participação nas decisões que hoje resultam em avanços para toda a sociedade.
Depois de anos de crise do emprego, de deterioração da renda como fruto das políticas neoliberais da década de 1990, os trabalhadores puderam presenciar a adoção de programas de governo, cujo resultado foi a criação de novos postos de trabalho, melhoria na renda e maior concessão de crédito, fazendo surgir um novo padrão de consumo.
É certo que ainda há muito o que melhorar, por isso a FETEC/CUT-SP segue fortalecendo o projeto de esquerda de construção de um país mais justo e democrático, para que todos os brasileiros possam ter acesso a trabalho decente com renda que seja capaz de satisfazer necessidades e que, nesta trajetória, saúde, educação, habitação e lazer estejam assegurados.
A luta pela redução da jornada é bandeira histórica da classe trabalhadora, sendo inclusive a causa para as comemorações ao Dia do Trabalhador, em 1º de maio, e ao Dia Internacional da Mulher, em 08 de março.
Se inicialmente a luta visava assegurar a saúde do trabalhador, hoje, a motivação também leva em conta questões econômicas, sendo apresentada como uma das propostas para criação de novos postos de trabalho.
Neste sentido, as entidades sindicais apostam na campanha pela redução da jornada legal de 44 horas para 40 horas semanais, o que, segundo estimativas do DIEESE, proporcionará a criação de 1,8 milhão de empregos. Número que poderá ser ainda maior se acompanhado da restrição das horas extras.
A campanha visa, dentre outros, apoio ao projeto de lei, que atualmente tramita no Congresso Nacional, de autoria do deputado Inácio Arruda e do senador Paulo Paim, propondo reduzir a jornada para 40 horas semanais num primeiro momento e, posteriormente, para 35 horas.
Ao lado da diminuição do desemprego, a redução da jornada poderá amenizar as doenças profissionais, ampliar o tempo livre que a classe trabalhadora pode dedicar ao lazer, à família e à educação.
Desde 1992, o movimento sindical bancário articula a sociedade em torno da democratização do sistema financeiro nacional. Já naquela ocasião, os debates apontavam para a necessidade de se englobar, na regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, formas de garantir o controle social frente a atuação dos bancos e autarquias.
Dos debates, resultou a elaboração do Projeto de Lei Complementar (PLC) 47/92, de autoria dos então deputados, José Fortunati, Paulo Bernardo, Luiz Gushiken e Agostinho Valente.
Passados 10 anos, a tramitação da matéria no Congresso Nacional ganhou novas vertentes, por meio de Emenda Constitucional aprovada no início de 2003, aprovando a fragmentação da regulamentação do sistema financeiro, a qual passa a ser por meio de leis complementares, abrindo assim o caminho para a autonomia do Banco Central.
O movimento sindical bancário é contra o fatiamento. Seu entendimento é de que a regulamentação deve ser feita como um todo, tendo como prioridades o controle social nos bancos, autarquias e Banco Central, bem como a defesa dos bancos públicos e o direcionamento do crédito para geração de emprego e renda.
Além disso, devem constar do debate regulação para serviços bancários, cobrança de tarifas, segurança de clientes e profissionais, segurança nos correspondentes bancários (manuseio de informações sigilosas), entre outros.
As entidades cutistas têm, dentre suas prioridades, lutar contra as desigualdades sociais, pela redução da fome e da miséria, por emprego e condições dignas de trabalho e por educação, habitação e saúde para toda a população brasileira.
Além dessas preocupações, as entidades atuam contra todas as formas de discriminações, dentre as quais as de raça, gênero e orientação sexual. A FETEC-CUT/SP acredita na necessidade de respeito à diversidade, como um conceito de cidadania, nas relações trabalhistas, por meio da criação de condições e de ambientes em que os trabalhadores possam agir em conformidade com seus valores individuais.
Nos ambientes de trabalho, também merecem destaque as lutas em defesa da saúde e, mais recentemente, contra as práticas de assédio moral.