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23 anos da privatização: Banespianos voltam às ruas em defesa dos aposentados

Banespianos de todos o estado de São Paulo se reuniram na manhã terça-feira (21) em frente ao antigo prédio do Banespão, atualmente conhecido como Farol Santander, num ato simbólico para marcar os 23 anos da entrega do Banespa ao Santander.

“Já são 23 anos de privatização e nós conseguimos manter todas as conquistas dos banespianos”, comemorou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander.

“O Brasil representa hoje uma das unidades mais lucrativas do Santander em todo mundo. Mesmo assim, nós não somos tratados como os colegas da Espanha. Por isso, exigimos respeito a todos os funcionários da ativa e a todos os trabalhadores aposentados. Nós não vamos aceitar retirada de direito e nenhuma precarização das conquistas dos trabalhadores após anos de luta”.

Wanessa disse que o ato deixou claro ao banco que os trabalhadores “não vão parar de lutar pela manutenção do Banesprev e da previdência complementar e contra o sucateamento do plano de saúde Cabesp”.

”Quando ingressei no sindicato estava começando o processo de privatização, e, desde então, enfrentamos o desmantelamento de um banco público que oferecia serviços imprescindíveis à população, como financiamento e crédito rural. O desrespeito do Santander vem desde essa época, com demissões, fechamento de agências e, pior ainda, com o fim da cultura de união e organização dos banespianos”, declarou Ana Lúcia Ramos Pinto, Secretária Geral da Fetec-CUT/SP.

”Apesar dos obstáculos, os aposentados permaneceram firmes e organizados. Não permitiremos que o Santander ponha fim à Cabesp e ao Banesprev. Estaremos nas ruas, assim como estivemos neste grande evento que mobilizou centenas de aposentados e bancários em defesa dessas instituições.”

Maria Rosani, presidenta da Afubesp, associação que luta em defesa dos empregos e direitos dos funcionários da ativa e aposentados do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp, afirma que agora, 23 anos depois de colocarem as garras no Banespa, o Santander quer apagar seus aposentados e famílias que dependem dos benefícios para manter suas vidas.

“O Banesprev, que outrora era assegurado por 18 meses no pós-privatização, foi motivo de muita luta e suor para sua manutenção até agora – e uma aposentadoria tranquila é um direito dos participantes. Nós não aceitaremos mais nenhuma privatização e nenhum direito a menos”.

Luciamara Malaquis, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, disse que o ato é para lembrar o banco que ele não pode tudo. “Vão ter que respeitar nossa luta, nossa história de conquistas. Santander, respeite a negociação coletiva!”.

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