Pesquisar

Sindicatos da base da FETEC denunciam ataques em Dia Nacional de Luta no BB

Bancárias e bancários de norte a sul do país denunciaram o desrespeito da direção do BB aos acordos firmados, as metas abusivas e as medidas que aumentam a sobrecarga e o adoecimento dos funcionários

O Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil tomou agências e unidades de todo o país, nesta quarta-feira (22). A mobilização, organizada pelo movimento sindical, teve como objetivo denunciar os ataques da direção do banco aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, que vêm sofrendo com decisões unilaterais que precarizam as condições de trabalho e intensificam a pressão por metas.

Com o mote “A meta deve ser o respeito”, sindicatos da base da FETEC-CUT/SP marcaram presença com atividades em frente às agências do BB em defesa dos bancários e bancárias em todo o estado paulista.

Entre os principais pontos de insatisfação estão o corte de vagas de seis horas e a substituição por cargos de oito horas, uma manobra que agrava a sobrecarga. Além disso, o banco anunciou a suspensão dos pagamentos de substituições nos meses de novembro e dezembro, retirando direitos e desvalorizando quem assume responsabilidades adicionais sem o devido reconhecimento financeiro.

”As manifestações denunciaram a reestruturação que ameaça extinguir as funções de 6 horas, as metas inatingíveis e o fim da substituição, que sobrecarrega e adoece os trabalhadores. Seguiremos firmes, resistindo e lutando por um Banco do Brasil público e comprometido com os interesses nacionais”, disse Willame Lavor, funcionário do BB e secretário de Comunicação da FETEC. 

Outro ataque severo foi a retirada da ajuda de custo para deslocamento dos trabalhadores das Plataformas de Suporte Operacional (PSO), penalizando bancários que se deslocam diariamente para atender demandas em diversas unidades — o que impacta diretamente sua renda e dificulta o exercício das funções.

Pacote de ataques

De uma só vez, o Banco do Brasil anunciou um pacote de medidas que afronta os direitos dos trabalhadores e a representação sindical. Entre elas estão: aumento da jornada de trabalho, não pagamento das substituições e suspensão de ajuda de custo para deslocamento nos PSOs, além do constante aumento de metas.

“Além disso recebemos hoje denúncias de que superintendentes e gerentes regionais foram proibidos de tirar férias em janeiro, muitos estavam programados e tiveram que cancelar. O BB precisa explicar esse movimento e dizer o que pretende com isso”, destacou Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

As decisões foram tomadas sem qualquer diálogo com as entidades representativas da categoria, o que demonstra o desrespeito da direção do Banco do Brasil com seus trabalhadores e com o papel social de uma instituição pública que deveria estar a serviço da população e do desenvolvimento do país.

O movimento sindical considera essas medidas inaceitáveis e cobra respeito aos acordos firmados, valorização dos funcionários e diálogo transparente com as representações sindicais.

“Ao invés de cobrar metas abusivas e criar cargos de oito horas, o banco deveria atender as reivindicações dos trabalhadores: apresentar uma proposta com relação ao custeio da Cassi e aos incorporados e tratar com mais respeito na cobrança de metas, porque os problemas do banco serão resolvidos com respeito, e não chicoteando os trabalhadores”, afirma Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil).

Compartilhe esse conteúdo