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Sindicato cobra do Santander respeito à jornada de bancários em home office

A pressão excessiva pelo cumprimento de metas no Santander para que os bancários realizem suas tarefas diárias está causando frequentemente extrapolação da jornada diária de oito horas.

O Sindicato tem recebido diversos relatos de bancários que estão fazendo horas extras diariamente e também aos finais de semana, sem saber como e se irão recebê-las.

Este fato está ocorrendo com os trabalhadores em home office que assinaram o contrato de teletrabalho, imposto pelo Santander, e sem a participação do Sindicato.

“Contrato este que, por sinal, vem evidenciando diariamente o quanto é prejudicial ao trabalhador”, afirma o dirigente sindical e bancário do Santander Antônio Bugiga.

Estes bancários estão fazendo um controle de horas extras em uma planilha de horas excedentes, criadas por eles mesmos, pois não há um sistema disponível pelo banco pra registrar a jornada excedente.

Na área de Garantias, por exemplo, lotada no Radar, vários bancários têm horas excedentes anotadas em planilhas que superam 100 horas a compensar.

“O banco tem total condição sistêmica de implantar ponto eletrônico no teletrabalho e, mesmo que não tenha o ponto em si, há muitas maneiras de fazer controle de jornada”, afirma Bugiga.

O acordo de Teletrabalho, assinado pelo trabalhador diretamente com o banco, e sem participação do Sindicato, não prevê ponto eletrônico.

“Mas mesmo não tendo controle, a jornada deve ser garantida pelo Santander, que criou este problema e agora precisa resolver com urgência, pois extrapolação das horas de trabalho é passível de ação judicial”, afirma Bugiga.

O Sindicato já cobrou do Santander uma solução, mas até a publicação deste texto, não obteve retorno.

“Cobramos do Santander o respeito à jornada de trabalho dos empregados em home office, e que as horas extras sejam devidamente anotadas para que possam ser pagas corretamente, de acordo com a lei”, afirma Bugiga.

Sem ponto eletrônico e sem ajuda de custo

Além do problema da ausência do ponto eletrônico, o atual acordo de teletrabalho do Santander não prevê ajuda de custo, diferentemente dos que estão sendo negociados pelo Sindicato com os outros bancos. “Ou seja, o Santander se recusa a negociar teletrabalho e ainda prejudica os bancários, que arcam com todo o custo de trabalhar em casa”, critica Bugiga.

 

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