”Lutamos para que o banco apresente uma proposta para todos os trabalhadores e não apenas para um segmento de funcionários”, afirma dirigente da Fetec SP
Mesmo após as mobilizações realizadas nas portas e imediações das unidades do Banco Mercantil do Brasil por todo o país, nesta quinta-feira (4), a direção do banco se recusou a acatar as reivindicações dos trabalhadores, em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), ocorrida na tarde desta quinta-feira (4). As propostas apresentadas pelo banco não contemplam todos os demitidos.
Os bancários reivindicam o fim das demissões, com requalificação dos profissionais que seriam demitidos para reaproveitamento em outras áreas do próprio banco.
Para os demitidos, as reivindicações incluem o aumento do valor de requalificação para a busca de uma nova vaga no mercado; aumento de seis meses, além do previsto na CCT, de manutenção do plano de saúde; seguro de vida; e dois meses de vale alimentação.
O banco apresentou uma proposta apenas para um número reduzido de funcionários, no qual realizavam atividades administrativas. Além disso, o banco alega que as demissões são reflexo das reestruturações nas agências, no qual se transformaram em PA (posto de atendimento), mas não informou a quantidade de demitidos ao movimento sindical.
”Nós da Fetec SP e demais confederações deixamos claro que o papel dos sindicatos é atuar em defesa do emprego e apresentar propostas de acordo coletivo que inclua a maioria dos trabalhadores e não um acordo específico para um pequeno segmento”,
disse Wanessa Queiroz, dirigente da Fetec SP.
”Solicitamos que o banco apresente uma proposta plausível, que atenda todos os trabalhadores que foram desligados nesse processo brutal de reestruturação que tem impactado de forma extremamente negativa funcionários e clientes”.
Wanessa destaca que a reestruturação tem provocado super lotação nas agências e postos de atendimento, criando uma sobrecarga de trabalho para os trabalhadores, já que houve grande redução do quadro sem equacionamento das metas.
Negociações permanentes
A representação dos empregados reivindicou e o banco aceitou o estabelecimento de uma mesa de negociações permanente para tratar de assuntos do interesse dos trabalhadores. A princípio elas serão realizadas a cada três meses, podendo ocorrer antecipadamente por demanda.
Uma nova reunião foi agendada com a direção do banco para o próximo dia 11 de novembro, às 14 horas.