Ações também ganharam força em cidades da base da FETEC-CUT/SP
Nesta terça-feira (14/10), bancários e bancárias do Itaú em todo o país realizaram protestos no Dia Nacional de Luta contra metas abusivas, em defesa dos empregos e por melhores condições de trabalho.
As ações também aconteceram em todas as cidades da base da FETEC-CUT/SP.
Mesmo com lucros bilionários (mais de R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2025), o Itaú segue fechando agências, promovendo demissões em massa e precarizando as condições de trabalho.
A cada semana, novas unidades são encerradas e centenas de empregados são desligados. Os que permanecem enfrentam sobrecarga, acúmulo de funções e metas cada vez mais abusivas, em um ambiente de trabalho marcado pela pressão e pelo medo.
“Hoje foi um dia muito importante para os bancários e bancárias do Itaú. Em todo o Brasil e no interior de São Paulo, realizamos o Dia Nacional de Luta em defesa do emprego, pelo fim do assédio moral, das demissões e do fechamento de agências, além de denunciar o adoecimento causado pela cobrança excessiva por metas. Seguiremos firmes na luta por condições dignas de trabalho e respeito aos direitos da categoria.”
Sérgio Francisco, coordenador do Coletivo Estadual de Funcionários do Itaú pela FETEC.
Impacto humano
Embora se mostre como um banco “feito para pessoas”, o Itaú adota um modelo de gestão focado em metas inalcançáveis, sem considerar o impacto humano. Bancários relatam demissões, assédio moral e digital, além de pressão por resultados que causam adoecimento físico e emocional, incluindo ansiedade, depressão e burnout.
O avanço da digitalização e automação aumenta a sobrecarga dos trabalhadores, sem garantir requalificação ou segurança no emprego. Fechamento de agências prejudica funcionários e clientes, reduzindo atendimento presencial e piorando a qualidade do serviço.
Entre as reivindicações estão:
- Fim das demissões, terceirizações e fechamento de agências;
- Combate ao adoecimento, assédio moral e pressão por metas abusivas;
- Mais segurança nas unidades;
- Critérios objetivos e justos, negociados com o sindicato, para qualquer forma de monitoramento do trabalho.
“Estamos mobilizados para que o Itaú reveja este modelo de gestão adoecedor, baseado em metas abusivas, assédio moral e sobrecarga de trabalho. Não por acaso, o Itaú é o banco que mais gera atendimentos no departamento de Saúde do Sindicato. O lucro não pode estar acima da saúde e dignidade dos bancários”’ disse Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú.
Ela destaca a demissão em massa realizada pelo banco em 8 de setembro e do acordo negociado pelo sindicato, aprovado em assembleia em 9 de outubro, que ampara os trabalhadores impactados.
“A conquista do acordo mostra nossa força coletiva. Seguiremos mobilizados em defesa dos empregos, direitos, saúde e condições de trabalho adequadas. É urgente que o marketing do Itaú, que fala em valores como respeito, também se reflita na realidade de quem constrói, dia após dia, o lucro do banco”, conclui.
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