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Itaú: Lucro recorde e fechamento de agências

Banco segue ampliando ganhos às custas dos trabalhadores

O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 34,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, alta de 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Dieese com base nas demonstrações financeiras do banco. O resultado confirma a trajetória de crescimento dos lucros e da rentabilidade da instituição, que atingiu 23,9% sobre o patrimônio líquido.

Enquanto isso, o banco reduziu 3.254 postos de trabalho e fechou 287 agências físicas no Brasil nos últimos 12 meses. Somente no terceiro trimestre, foram cortados 2.166 empregos, o que reforça a contradição entre o lucro bilionário e o desmonte das estruturas de atendimento.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai, criticou a postura do banco diante do cenário de forte rentabilidade.

“O lucro foi absurdo e nada justifica a redução de postos de trabalho. Em apenas três meses, mais de 2 mil empregos foram eliminados. Não faz sentido o Itaú continuar fechando agências e deixando de garantir atendimento à população que não tem acesso aos meios digitais, principalmente os aposentados”, afirmou.

 

Diferente do que se vê na TV
Apesar de investir em tecnologia e ampliar o uso de inteligência artificial nas operações, o Itaú vem utilizando esses avanços para enxugar o quadro de funcionários e intensificar a sobrecarga dos que permanecem, segundo os representantes dos trabalhadores.

“O banco precisa cumprir seu papel social de verdade, e não apenas nas propagandas de TV. A modernização tecnológica deveria ser acompanhada de responsabilidade e diálogo, para preservar empregos e não os extinguir. O Itaú tem condições de crescer com inclusão e respeito aos seus trabalhadores”, ressaltou Valeska.

Com mais de 100 milhões de clientes e uma carteira de crédito superior a R$ 1,4 trilhão, o Itaú continua ampliando sua base de negócios, mas à custa da precarização do trabalho e da redução da presença física nas comunidades. A Contraf-CUT e as entidades sindicais cobram interrupção imediata das demissões e reabertura das negociações sobre emprego, condições de trabalho e atendimento à população.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Itaú ou, se preferir, leia a análise completa do Dieese.

 

FONTE: CONTRAF-CUT

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