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Impactos financeiros ainda são entraves para fim da função por minuto na Caixa

Mobilização surte efeito. Banco se mostra aberto à discussão, mas ainda continua analisando impactos financeiros do fim das designações de função por minuto; orientação é manter pressão

Representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados se reuniram na tarde desta quinta-feira (18) para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor. O banco está analisando o fim da designação das funções por minuto, um dos pontos fundamentais do debate.

A diretora da pasta de bancos públicos da FETEC-CUT/SP, Tamara Siqueira, avaliou a reunião como positiva. Ela mencionou que o banco tem sido mais receptivo ao debate, atendeu a algumas demandas, mas que ainda são necessárias medidas mais efetivas em alguns pontos. 

”Temos ciência de que há impacto financeiro nas mudanças, mas o banco precisa entender a necessidade dessas alterações para dar suporte aos empregados que têm sofrido com o acúmulo de atribuições, o que torna o serviço penoso e prejudica o atendimento. Por isso é tão importante os sindicatos fortalecerem a mobilização dos empregados em suas bases para que tenhamos respostas mais efetivas”.

Função por minuto
O banco está analisando o fim da função por minuto, mas ressalta que esse tema depende de uma reorganização da gestão, por conta dos impactos financeiros que a medida possa vir a gerar.

Avaliadores de penhor
O banco já implementou algumas das demandas dos avaliadores de penhor, como a habilitação, nos próximos dias, do SISAG, para autenticar guias de penhor de valores superiores a 10 mil reais. A demanda foi apresentada na reunião passada.

Tesoureiros
Sobre o pedido de redução de jornada dos tesoureiros de oito para seis horas, o banco disse que não existe nenhuma orientação neste sentido e que é preciso analisar casos específicos.

Diferença no caixa
Os bancários também estão enfrentando problemas com as gavetas de numerários, que causam diferença no caixa, com células sendo “engolidas”. Para resolver essa questão, o banco está realizando ajustes em unidades-piloto, permitindo que os representantes dos empregados indiquem as unidades a fazerem parte do teste.

Código de barras
Outra reclamação diz respeito aos scanners que substituíram os leitores de código de barras nos caixas.
André Sardão, diretor executivo na FETEC, destaca que os scanners não funcionam , fazendo com que os caixas tenham que digitar manualmente os códigos de barras, o que torna o atendimento mais demorado e trabalhoso.

”Sem dúvida, o leitor de código de barras era mais eficiente e simples de usar, mas é importante destacarmos que a nova gestão da Caixa tem se comprometido a solucionar os problemas que apresentamos”, disse André, lembrando que a mobilização dos empregados com mensagens enviadas à Ouvidoria do banco será mantida. 

Atendimento às PCDs
A reunião também tratou sobre a adaptação de agências para pessoas com deficiência (PCDs). O banco informou que serão aplicados R$ 115 milhões para mudança de mobiliário de 500 a 600 agências e que a adaptação para PCDs levará em conta a exigência de legislações municipais. Serão mesas e cadeiras autorreguláveis, para que o próprio colega regule da forma como ficar melhor para ele. Não foram considerados apoio para os pés.

Outras demandas
Os trabalhadores também pediram para que a Caixa aprimore a ata das reuniões, de modo que facilite o cumprimento das reivindicações atendidas e permita o acompanhamento do que está sendo realizado.
Outra reivindicação foi para que as reuniões do GT sejam realizadas em menor período de tempo, sem que haja intervalo de um mês entre os encontros.
Também foi solicitado que a Caixa resgate as atribuições previstas no RH183 e compare com o que os empregados vêm fazendo na prática, para que eles não executem tarefas que não sejam de suas responsabilidades, com a intenção acabar com os desvios de funções.

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