Trabalhadoras e trabalhadores de sindicatos de bancários de todo o país realizaram, nesta sexta-feira (19), um Dia Nacional de Lutas e Mobilizações para cobrar da Fenaban, entidade que representa os banqueiros, uma proposta geral que atenda aos interesses da categoria na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2022/2023.
”Os trabalhadores mandaram seu recado hoje para a Fenaban que, absurdamente, ofereceu reajuste de 65% da inflação e congelamento da PLR”, disse Aline Molina, presidenta da FETEC CUT SP.
A presidenta destaca que a perda real é de 2,9%.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou proposta na mesa desta sexta-feira (19).
Uma nova negociação acontece na segunda (22)
#TáEsperandoOque? FENABAN?
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Nas redes sociais e nas agências, os bancários espalharam textos e levaram cartazes reivindicando aumento real para os salários, para o VR e o VA, garantia dos empregos e maior participação nos lucros e resultados, além de combate ao assédio moral, fim de metas abusivas e jornada de quatro dias por semana. Outra exigência dos trabalhadores é o acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da covid-19.
Negociações
“Nossa categoria cobra uma atualização da Convenção Coletiva que respeite os esforços dos milhares de bancárias e bancários que contribuem, todos os anos, com os altos lucros do sistema financeiro”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
“Tivemos avanços em algumas questões, nas reuniões de negociação com a Fenaban, no combate ao assédio sexual e moral, estamos avançando no teletrabalho, também pela primeira vez os bancos concordaram em colocar na Convenção Coletiva que nós vamos discutir, banco a banco, nas Comissões de Organização dos Empregados (COEs), as cobranças de metas. Porém os bancos ainda não apresentaram a proposta econômica e é por isso que realizamos o Dia Nacional de Luta”, completou.