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Defesa da democracia toma as capitais brasileiras: ‘Relembrar para que não se repita’

São Paulo – Após uma manhã de diversos atos em defesa da democracia pelo país, grandes cidades marcaram o período da tarde e início da noite. Milhares de democratas foram às ruas das maiores cidades brasileiras em defesa da democracia, para rememorar o 8 de janeiro. Há um ano, uma horda de bolsonaristas invadiu os prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Eles tinham o plano de impedir que o presidente vencedor nas urnas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomasse o poder. Além disso, pretendiam explodir uma bomba no aeroporto local e até mesmo enforcar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim como o maior incentivador dos atos, ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2022, seus apoiadores fracassaram. Contudo, hoje foi o dia de lembrar para que não se repita.

Nunca mais
“Várias cidades no Brasil realizam ou realizarão atos públicos hoje em defesa da Democracia. Relembrar a tentativa de golpe para que não volte a acontecer nunca mais e que se punam os que atentaram contra a República e suas instituições“, lembrou o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP). Ele esteve durante o ato de São Paulo, que começou 17h, em frente ao Masp, na icônica Avenida Paulista.

A manifestação contou com a convocação de diferentes entidades, como partidos democratas, sindicatos, associação de profissionais e estudantes. Entre elas, a Frente Povo sem Medo. “Vamos iniciar 2024 com mobilização! Neste dia 08 de janeiro, o Brasil se Une em Defesa da Democracia. Várias cidades confirmadas por todo país. Compareçam e mobilizem nas redes“, convocou o movimento.

Democracia em foco no 8 de janeiro
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (SPbancários), Neiva Ribeiro, também esteve na Paulista. Ela fez uma convocação para a vigilância e mobilização constante em defesa da democracia. “Estamos no Masp em defesa da democracia, lembrando o ocorrido do ano passado. Uma tentativa de golpe. Agora, os movimentos sociais, sindicais, estão aqui. Defendam a democracia. É nosso bem maior e temos que nos mobilizar”, disse.

Do Rio de Janeiro, o deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol) também ressaltou a relevância da mobilização. Na capital fluminense o ato ocorreu na Cinelândia, no centro da cidade. “Ato na Praça da Cinelândia, estamos reunidos em um ato de luta e em defesa da democracia e sem anistia aos golpistas. Muito importante a sua presença! Juntos iremos mostrar a força de um Brasil democrático“, disse.

Já de Belo Horizonte, o deputado Rogério Correia (PT-MG), ainda antes do ato, fez a última convocação. “Completa 1 ano da tentativa golpista de bolsonaristas que atentaram contra a democracia do país. Continuamos com o mesmo objetivo: Sem Anistia para golpista! Em BH, o ato está marcado às 16h, na Casa do Jornalista.”

Comemorar não, rememorar sim
O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, também falou sobre o dia, direto de São Paulo. “Diversas entidades populares estão mobilizadas. Vamos lembrar que também nos mobilizamos no dia 9 do ano passado, um dia após a tentativa de golpe. Desta vez, deliberamos que é muito importante nos manifestarmos para lembrarmos uma triste passagem da história brasileira”, disse ao repórter Jô Myagui, da TVT, na edição do Seu Jornal.

“Rememorar o 8 de janeiro é importante porque ele coloca para as novas gerações, coloca na nossa memória, o fato deste triste episódio da nossa democracia. Então, democracia sempre. É preciso estar sempre vigilante. Por isso nossas mobilizações nesta segunda-feira, dia 8 de janeiro, em várias cidades do país. Isso, além do ato institucional”, completou Bonfim.

Então, o ativista reforçou que as mobilizações são parte de uma demonstração de força da democracia. Contudo, pede cautela e lembra que não é motivo de comemoração. “É uma demonstração para quem defende a democracia, de que não devemos comemorar. Mas sim lembrar, denunciar, aquela tentativa de golpe. Contudo, não fossem as respostas imediatas das instituições e mobilização da sociedade, poderíamos estar em uma outra situação bem mais complicada”, disse.

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