O banco concordou em construir um programa para que a COE acompanhe os trabalhadores no processo de relocação de agências
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) entregou a minuta específica de reivindicações ao banco Itaú na manhã desta terça-feira (25). O documento, base para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do banco, foi definido no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em São Paulo, no dia 6 de junho.
Os principais pontos da pauta são emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho, plano de saúde, previdência, segurança bancária e diversidade. “Estamos enfrentando instabilidade nas instituições financeiras, com transformação tecnológica e redução de postos de trabalho. A pressão é maior e o número de adoecidos aumentou. Esperamos encontrar soluções nas mesas de negociação com o Itaú”, afirmou a coordenadora da COE, Valeska Pincovai.
Para Valeska, um banco que lucra mais de R$ 35 bilhões, em um ano, pode preservar empregos, debater a construção do ramo e ampliar direitos dos trabalhadores. “Vamos nos concentrar em encontrar saídas para os problemas e debater pautas como melhorar o plano de saúde para aposentados e ativos, discutir diversidade e construir a representação dos trabalhadores. O banco se colocou à disposição para essa construção, e nosso primeiro debate será sobre o convênio médico”, completou.
Durante o encontro, o banco concordou em construir um programa mais democrático e transparente, para que a COE acompanhe os trabalhadores no processo de relocação e ofereça mais alternativas para eles, após o fechamento das agências.
A outra coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes, revelou que “reiteramos a importância da negociação da pauta específica para apresentar as principais demandas dos funcionários do Itaú, que vivem uma incerteza grande com o fechamento de agências e problemas com o plano de saúde.”
Ainda na reunião, o banco também anunciou a liberação de um empréstimo para os funcionários do Rio Grande do Sul: o Empréstimo Social.
FONTE: CONTRAF-CUT