O Conselho Monetário do Banco Central (Copom), do Banco Central (BC), decidiu nesta quarta-feira (21), manter a Selic, a taxa anual de juros do país, em 13,75%, a maior do mundo. Se descontada a inflação os juros reais chegam a mais de 8%. Isso vem prejudicando a retomada da economia e, consequentemente a geração de empregos.
As críticas à taxa de juros vêm de diversos setores da sociedade brasileira seja dos sindicatos de trabalhadores como empresariais. A CUT e demais centrais têm feito atos em todo o país como o que ocorreu na terça-feira (20), para demonstrar à população o quanto é ruim para todos os brasileiros e brasileiras a decisão do BC em não baixar a Selic, apesar da inflação estar controlada.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre afirmou que a atual política monetária imposta pelo presidente do Banco Central, rechaçada por economistas do Brasil e do mundo, é um crime que está sendo cometido contra o país e espera que o presidente do BC, Roberto Campos Neto “tenha vergonha na cara, ouça o clamor da classe trabalhadora e baixe os juros”. Ele lembrou ainda que os juros altos são a forma mais perversa e cruel de transferir renda dos mais pobres para os mais ricos, pois os juros estão embutidos nos produtos. “Quando um trabalhador vai comprar uma geladeira, um fogão, ele não compra à vista. Ele financia e com os juros praticados, compra um, mas acaba pagando por três”, afirmou.
Para demonstrar de forma simples e didática o que representam os juros altos, a Central Única dos Trabalhadores publicou em suas redes sociais um vídeo em que faz alusão a uma pessoa tentando nadar com um peso amarrado às costas. O Brasil está de mãos e pés amarrados, menos os bancos que têm lucros cada vez maiores às custas de todos os brasileiros e brasileiras.
Por fim, a CUT afirma que apesar da manutenção da Selic em 13,75% “a luta contra os juros altos continua, em defesa do emprego, pela qualidade de vida do povo e por um país que precisa crescer”.
A CUT em nota repudiou a manutenção da taxa Selic
Confira o vídeo no link abaixo
