Mesmo com nova escalada da pandemia, bancos mentem à população, dizendo que os protocolos de segurança estão sendo cumpridos. Querem ajudar o país? Sabemos como
Com o aumento de casos de pessoas infectadas com a variante ômicron e a alta no surto de gripe causada pelo H3N2, a nova variação do vírus influenza, médicos e especialistas em todo o mundo estão em alerta.
O Brasil registrou 228.954 casos de covid em 24 horas, nessa quinta-feira (27), o maior número desde o início da pandemia, em março de 2020. O país vive um momento de instabilidade e é preciso manter o isolamento social e intensificar a segurança sanitária, com o uso de máscaras e limpeza adequada para reduzir as taxas de transmissão.
Preocupados com o aumento de casos na categoria, sindicatos de bancários de todo o país têm monitorado o índice de contaminação, exigindo que os bancos testem os funcionários com sintomas e respeitem os protocolos de segurança, que incluem o afastamento do trabalhador, sanitização e fechamento das agências, recebendo centenas de denúncias e estamos cobrando incansavelmente todos os bancos. ”Sabemos que não podemos colocar trabalhadores e clientes em risco”, diz Ivone Silva, presidente do Seeb SP.
Desde o início do ano já são mais de mil agências fechadas, somente na base de SP, e cerca de 2,5 mil bancários testaram positivo para covid-19.
Por meio do Comando Nacional dos Bancários, os sindicatos reivindicam diversos itens para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) como a retomada do home office, a suspensão de visitas a clientes neste momento de alta dos contágios, melhorias do atendimento em telemedicina, compromisso com a não-demissão e a volta do controle das entradas em agências bancárias.
E qual a resposta dos bancos?
De acordo com os sindicatos, os bancos mentem dizendo que os protocolos de segurança estão sendo cumpridos.
Além disso, para manter uma boa imagem para a sociedade, as despesas com propaganda e publicidade dos cinco maiores bancos, entre janeiro e setembro de 2021, superaram R$ 2,9 bilhões (valor 11,9% maior que o mesmo período de 2020).
Na prática, demitem, aumentam as metas, mudam os protocolos sanitários sem diálogo com o movimento sindical (como o Banco do Brasil) e, definem que agências devem abrir aos sábados (como fez o Santander).
”O Santander alega que a inadimplência está alta, o que tem levado muitos clientes a serem negativados, em um momento de desemprego agravado pela crise econômica e sanitária no país. Mas é importante ressaltar que o Santander, como todo o sistema financeiro, é parte da crise econômica no país, tendo em vista o alto índice de demissão no setor, com a manutenção das altas tarifas e juros extorsivos”, informa o Seeb SP.
Bancos são responsáveis pelo aumento do desemprego no país.
Somente os cinco maiores, lucraram R$ 80,9 bilhões até setembro de 2021. De maneira geral, os bancos fecharam cerca de 1.040 agências em todo o território nacional em 2021. Desde o começo da pandemia, foram fechados mais de seis mil postos de trabalho.


