- Desigualdades da sociedade estão também presentes na categoria
- Renda média das bancárias é 21,75% menor do que a dos colegas homens
- Negros representam apenas 4,8% nos cargos de diretoria das instituições bancárias
- Categoria tem programa de prevenção à prática de violência doméstica
A nova rodada de negociação desta quinta-feira (13) entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tem como tema a igualdade de oportunidades. A reunião começa às 11h e será precedida por um tuitaço, às 10h. Vamos todos tuitar juntos #NaLutaPorIgualdade.
Todos sabem que o Brasil é um país desigual e o mesmo acontece em nossa categoria. @s bancári@s têm importantes lutas por igualdade e cabe destacar que a categoria já realizou Censo da Diversidade, que teve três edições, em 2009, 2014 e 2019. Esses censos mostraram a desigualdade nos bancos. Entre os grupos mais discriminados estão mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiência (PCDs). Por isso, nessa negociação, @s bancários vão defender o fim da discriminação e a igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho.
As desigualdades estão presentes na categoria. Dados do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) mostram que as mulheres representavam 48,8% da categoria bancária em 2018. No mesmo ano, a renda média das mulheres bancárias era 21,75% menor do que a dos colegas homens. No Censo da Diversidade de 2019, 68,8% da categoria eram brancos, 24,3% pardos, 28,2% negros e 2,8% amarelos. No Censo da Diversidade de 2014, os negros tinham remuneração média de 87,3% em relação à dos brancos. Apesar de serem maioria entre a população brasileira, os negros representam apenas 4,8% nos cargos de diretoria das instituições bancárias.
Preconceito
Pressões motivadas pelo preconceito estão presentes na categoria. A própria Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) tem pesquisas que mostram que a comunidade brasileira de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queer, intersexo e assexuais (LGBTQIA+) representa quase 9% da população brasileira. Mesmo assim, 61% dos profissionais LGBTQIA+ não assumem sua orientação sexual ou a identidade de gênero. Os outros 49% restantes não a escondem, mas não falam abertamente do assunto no ambiente de trabalho para se integrar entre os colegas.
Conquistas
Este ano, já conseguimos algumas conquistas. Em março, o Comando Nacional d@s Bancári@s assinou com a Fenaban um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem vítimas. Pesquisas apontam que, no Brasil, mulheres vítimas de violência costumam se ausentar do trabalho, em média, por 18 dias.
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