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Bancários avançam em negociação, mas trabalhadores reivindicam aumento real

Negociação desta quarta (24) volta a discutir reajuste na PLR. Bancários decidem se aprovam propostas da Fenaban nesta sexta, 26.

Após 14 rodadas de negociação, os trabalhadores avançaram na negociação com a Federação Nacional dos Bancos  (Fenaban), nesta terça-feira (23), na proposta de reajuste para os vales refeição e alimentação com 100% da inflação medida pelo INPC, mas ainda sem considerar alta maior da inflação dos alimentos.

O Comando Nacional dos Bancários reivindica reajuste sobre a inflação dos alimentos, projetada para 15,37%.

“Tivemos um dia difícil, com os bancos apresentando uma proposta rebaixada de reajuste do VA e VR, abaixo da inflação e conquistamos o reajuste do INPC, mas queremos aumento real. Não podemos aceitar uma proposta que gere ainda mais perdas para a categoria. Queremos receber uma proposta global das cláusulas econômicas”, disse a presidenta do Seeb SP, Ivone Silva, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

A inflação dos alimentos em domicílio está estimada para a data-base em 15,37%. A partir desta consideração, Fenaban apresentará nova proposta na próxima negociação. 

Os bancos se comprometeram em entrar no debate sobre a proposta de reajuste para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta quarta-feira (24).

Assembleias com Bancários
O Comando Nacional dos Bancários orientou as entidades sindicais a realizarem assembleias na sexta-feira (26) para que os bancários analisem a proposta da Fenaban e autorizem o estado de assembleia permanente.

A categoria vai deliberar sobre propostas apresentadas pelos bancos e sobre a criação da Assembleia Geral Permanente. 

Aline Molina, presidenta da FETEC CUT SP, lembra que os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e BB),  concentraram 78% dos lucros do sistema bancário em 2021, mas, ainda assim, querem impor perdas salariais para os bancários.
 

”Os bancos demonstram um  descaso enorme com a categoria que adoece para cumprir metas abusivas e que atendeu a população em plena pandemia. É inadmissível o que estamos ouvindo dos representantes dos bancos nas mesas de negociação”, contesta Aline.

Além das propostas apresentadas pela Fenaban, a categoria também vai deliberar sobre a criação das Assembleias Permanentes no lugar das assembleias gerais.







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