”Trabalhadores estão sendo pressionados a conseguir vagas em outras áreas do banco, mas estão tendo problemas com o programa de realocação interna, o POC”, informa diretora do Seeb SP
Aflição, ansiedade, medo por seus empregos. É assim que os trabalhadores do Itaú que exercem a função de assistente 8 horas business PJ têm se sentido há alguns meses, desde que o banco os informou de que seus cargos seriam extintos e que eles seriam realocados. Isso ocorreu no final do ano passado, mas até agora alguns deles não conseguiram a realocação prometida.
“Assim que houve o comunicado, alguns desses bancários nos procuraram e nós levamos a questão para o banco, que ficou de nos posicionar sobre o processo. Mas já estamos caminhando para meados de fevereiro e alguns desses funcionários não foram realocados. Em reunião com o banco, cobramos novamente uma resposta. Em seguida, o banco deu retorno informando que estava realocando os trabalhadores, mas a realidade não é essa. Esses trabalhadores estão aflitos, temendo por seus empregos. E nós do Sindicato vamos continuar cobrando que o Itaú mantenha o prometido e recoloque os funcionários em outra função”, diz a dirigente Márcia Basqueira, bancária do Itaú.
Problemas na realocação
A dirigente explica que os trabalhadores estão sendo pressionados a conseguir vagas em outras áreas do banco, mas estão tendo problemas com o programa de realocação interna, o POC (Programa de Oportunidades e Carreiras). Por meio do POC, as áreas do Itaú com vagas informam seus pré-requisitos ao processo seletivo, e entre esses critérios está performance e prontidão para a promoção. “Só que muitos dos assistentes, apesar de terem performance na média, não pontuam como deveriam para cargos com promoção. Por conta disso eles não estão conseguindo a realocação. Isso já foi colocado para o banco, e estamos cobrando uma resposta”, reforça Basqueira.