Ir ao supermercado já está cerca de 10% mais caro hoje do que estava no início do ano. O preço dos alimentos e bebidas já subiu 9,83% nos primeiros sete meses de 2022, de acordo com o IBGE.
‘’Todo mundo que vai ao mercado sabe que os preços estão absurdos, inclusive os banqueiros, que na mesa de negociação realizada na manhã desta segunda-feira (22), com o Comando Nacional, não tiveram respeito pelos bancários e ofereceram um reajuste abaixo da inflação para os vales alimentação e refeição’’, contesta Aline Molina, presidenta da FETEC CUT SP, que participa das negociações da Campanha Nacional 2022.
Os bancos mantiveram proposta rebaixada para os trabalhadores, com reajuste de 7,19% nos vales alimentação e refeição, com índices perto de 81% da inflação geral (a estimativa está em 8,88%) e apenas 43% sobre a inflação dos alimentos.
‘’O reajuste proposto daria três reais a mais por dia, não paga nem o cafezinho, que está, em média 4,23 reais, disse a presidenta do Seeb SP, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional
A proposta foi rejeitada na mesa de negociação e o Comando Nacional, junto às federações e sindicatos, vai organziar os trabalhadores para mobilização nas redes nas ruas.
VA e VR é prioridade
Nos seis primeiros meses de 2022, os cinco maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) arrecadaram R$ 74,2 bilhões com tarifas cobradas dos seus clientes, alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2021.
O Comando informa que o reajuste do VA e VR é prioridade para os trabalhadores.
‘’A campanha não acaba enquanto não obtivermos proposta que cubra as despesas com o custo mínimo dos alimentos”, destaca Ivone Silva.
“Não podemos aceitar esta proposta! A categoria continua perdendo. E em todas as consultas que fizemos eles nos disseram que queriam aumento maior para o vales alimentação e refeição, pois os valores não são suficientes para chegar ao fim do mês”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.