O Sindicato enviou nesta quarta-feira 8 ofício (abaixo, em anexo) ao Santander cobrando o pagamento de horas extras a todos os bancários que trabalharam no feriado estadual do dia 9 de Julho, antecipado pelo Governo do Estado de São Paulo em 25 de maio, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na ocasião, o banco espanhol não acatou a antecipação, alegando que manteria o feriado conforme o calendário.
Na sexta-feira 3, a Febraban emitiu comunicado informando que haverá expediente bancário normal neste 9 de Julho. Todavia, o Santander havia proposto para os funcionários que trabalharam em 25 de maio uma folga compensatória a ser tirada em até 30 dias, o que fere o que foi estabelecido com os trabalhadores no Acordo Individual de Banco de Horas.
“O acordo é bem claro e diz que horas extras em feriados e fins de semana não compõem o banco de horas, ou seja, o banco está empurrando para compensação algo que ele já havia assinado antes com os trabalhadores”, enfatiza a dirigente sindical Lucimara Malaquias, funcionária do Santander.
“Importante acrescentar que o Acordo Individual de Banco de Horas foi realizado diretamente com os trabalhadores, sem a participação do Sindicato, após a reforma trabalhista. Entendemos que a compensação é sempre prejudicial ao trabalhador, pois a hora extra tem valor mais vantajoso. Outra: a compensação sempre fica a critério do banco, e nunca do bancário. Neste caso, o Santander descumpre o que ele mesmo propôs”, acrescenta a dirigente.