Acordo com validade de dois anos foi assinado por representantes dos trabalhadores e da federação das financeiras; diferenças salariais e dos vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá vêm na folha de pagamento de novembro; veja também informações sobre o assistencial
Está renovada por dois anos a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos financiários. A assinatura do documento ocorreu na terça-feira (25) e, com isto, estão confirmadas as datas de pagamento: a antecipação de 60% do total da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e depósito do abono de R$ 2 mil têm de ocorrer até 9 de novembro; diferenças salarias e dos vales alimentação, refeição e auxílio creche (retroativas a junho) virão na folha de novembro.
“Foi um longo processo de debate que resultou em avanços para a categoria, principalmente por ser um acordo de dois anos. Nesse período estão garantidas todas as cláusulas da convenção coletiva. Assim teremos a oportunidade de intensificar nossa organização nos locais de trabalho”, afirmou a diretora executiva do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que participou das negociações, Marta Soares.
O ACORDO APROVADO
Para este ano o reajuste será de 8% nos salários e na PLR, mais abono de R$ 2 mil; 15% no vale-alimentação e 13ª cesta, e de 10% no vale-refeição – veja valores no quadro. Para 2017, fica assegurada a reposição da inflação (INPC) mais aumento real de 1% nos salários e demais verbas.
A PLR total corresponde a 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.484,28. Já a parcela adicional equivale a 20% do valor fixo da PLR.
Os trabalhadores também conquistaram o abono-assiduidade: quem não tiver falta injustificada durante um ano fara jus a um dia de folga.
Além disso, a licença-paternidade será ampliada para 20 dias em 2017, quando o governo federal anunciar o benefício fiscal. O vale-cultura também será mantido, desde que o governo Temer não acabe com o programa de incentivo.
ASSISTENCIAL
O desconto assistencial dos financiários neste ano será de 2,5% do salário mais R$ 10, com teto de R$ 220. Os recursos auxiliam os sindicatos a manterem a luta por melhores condições de trabalho. Para 2017 os valores da contribuição assistencial serão os mesmos deste ano.
Os financiários que quiserem, podem exercer o direito de oposição ao desconto.