Bancários do Santander se uniram a clientes do banco e demais trabalhadores no início da tarde desta terça-feira para cobrar do banco mais respeito aos brasileiros. A mobilização ocorreu no Twitter, e a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil chegou a ser um dos assuntos mais comentados do país naquela rede social.
A ação marcou o lançamento da campanha “Santander, quero paz”, contra a série de medidas arbitrárias que o banco vem adotando em relação aos brasileiros. As principais denúncias dizem respeito ao aumento da cobrança de metas abusivas durante a pandemia causada pelo coronavírus, inclusive com ameaças de demissão; as demissões durante a crise, contrariando o que havia sido acordado no início da pandemia, quando o banco se comprometeu ao movimento sindical a não demitir; ataque aos direitos previdenciários dos trabalhadores – debate que o banco também havia se comprometido a levar adiante somente após a pandemia, e acabou voltando atrás; além das altas tarifas cobradas dos clientes e outras pautas. Ao todo, foram mais de 6,8 mil tweets usando a hashtag da campanha até as 16h.
“Esta cobrança enlouquecedora de metas na crise em que estamos inseridos revela a forma que os executivos do banco encontraram de garantir seu bolo milionário, mesmo em um cenário adverso, às custas dos trabalhadores. Se aproveitam desse momento de fragilidade, no qual o objetivo maior deveria ser a proteção da vida, para garantir um lucro bilionário, o que é inaceitável dada a gravidade da situação que estamos vivendo. Os trabalhadores esperavam um mínimo de acolhimento por parte da empresa, mas acabaram recebendo descaso”, afirmou a dirigente sindical Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander.
“Esta mobilização mostra que temos o apoio de vários setores, já que muitos estão descontentes com o Santander. Não basta explorar e causar terror no local de trabalho, com metas abusivas e ameaças, eles ainda resolvem demitir em meio a uma pandemia global, colocando pais e mães de família em uma situação desesperadora e ainda arriscando vidas”, disse.
Nos próximos dias, entidades representativas dos trabalhadores farão novas atividades cobrando revisão dessa postura do banco, com fim das demissões, respeito aos acordos e fim das metas abusivas.