No final do mês de outubro, os empregados da Caixa davam mais um passo importante na luta em defesa do Saúde Caixa, aprovando, em assembleias realizadas por todo o país, a proposta que afastava a tentativa da Caixa de reduzir suas contribuições para o custeio do plano. O banco pretendia limitar sua participação a, no máximo, 50% do custo total, querendo aplicar a CGPAR 23.
O movimento dos empregados, de forma unificada, lutou contra este ataque. A atuação teve início no ano de 2018, quando a deputada federal e empregada aposentada da Caixa, Erika Kokay (PT-DF), apresentou o PDC 956/2018 (transformado posteriormente no PDL 342/2021), que sustava os efeitos da resolução da CGPAR. Com muito trabalho e articulação, as entidades conseguiram a aprovação do projeto nas duas casas legislativas, com sua posterior promulgação, que oficializou a revogação da CGPAR 42.
Assim, o grupo de trabalho formado pelos empregados conseguiu apresentar uma proposta que mantinha os princípios do pacto intergeracional e da solidariedade no Saúde Caixa. Como havia uma projeção que previa um aumento nos custos do plano para os exercícios seguintes, depois de um período de estabilidade durante a pandemia, a proposta passou a prever uma contribuição adicional, que seria cobrada no mês de novembro, sobre o 13º salário, para garantir a sustentabilidade financeira do plano, assim como ocorre em outros planos, a exemplo da Cassi, plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil.
A proposta apresentada foi aprovada por ampla maioria dos empregados, em assembleias realizadas em todo o país. Na capital paulista, mais da metade dos empregados participou da votação, com aprovação da proposta superior a 72%.
“Conseguimos vencer muitas batalhas na luta em defesa do Saúde Caixa, mas ainda há outras por vir. É importantíssimo para o plano que a direção da empresa volte a contratar, para que possamos preservar o pacto intergeracional. Além disso, precisamos lutar contra o teto previsto no estatuto do banco para o custeio do Saúde Caixa, que foi mantido na alteração estatutária realizada por Pedro Guimarães, em 2020. E também precisamos cuidar da rede credenciada, que tem sofrido reduções. Mais que nunca, precisamos nossa organização será fundamental”, disse o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.