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GT Saúde CAIXA: representantes dos empregados voltam a pedir descentralização no atendimento do plano

O Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa voltou a se reunir na quarta-feira (23), pela segunda vez neste ano. Os representantes dos empregados voltaram a insistir na descentralização do atendimento do plano.

“Vamos insistir sempre na descentralização do atendimento do Saúde Caixa e em ter informações detalhadas sobre as microrregiões. Recebemos muita demanda e precisamos saber o que acontece além dos grandes centros”, destacou Rafael de Castro, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante dos empregados no GT.

Em mesa de negociação específica com a Caixa durante a campanha salarial, a Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) já havia cobrado a descentralização do atendimento e o retorno das estruturas de Gestão de Pessoas (Gipes) nos estados.

A Caixa apresentou informações sobre o perfil do plano e os maiores impactos em 2022, de janeiro a outubro. Entre os maiores impactos financeiros, em comparação com 2021, foi atendimento em pronto-socorro e medicamentos quimioterápicos. Já em referência ao volume de atendimento, os maiores crescimentos foram em pronto-socorro e internações.

Para Lilian Minchin, dirigente sindical de Campinas, o aumento do número de atendimentos em pronto-socorro reflete a carência de rede credenciada e/ou a demora em se conseguir atendimento na rede. “As pessoas precisam de atendimento e acabam recorrendo ao pronto-socorro porque não encontram especialistas na rede credenciada”, observou.

A demora no agendamento em consultórios é outro motivo, considerou Sérgio Amorim, dirigente sindical do Rio de Janeiro. “O que aumenta muito é a falta de uma rede credenciada para consultas eletivas, além do prazo de agendamento nos consultórios. Há especialistas que demoram 60 dias para atender. Isso faz as pessoas buscarem o pronto-socorro”, avaliou.

As sessões de psicoterapia também tiveram aumento nos custos. Sobre este recorte, Rafael de Castro solicitou informações mais detalhadas. “São números que atestam a pesquisa da Fenae sobre o adoecimento mental dos empregados por conta de assédio e pressão no local de trabalho”, disse o dirigente. “Outro aspecto é que, nesse sentido, o banco delega o tratamento ao próprio empregado, onerando mais o plano, sem eliminar a causa dos transtornos”, observou.

Na próxima reunião, com data a ser definida, o banco deve apresentar o relatório atuarial de 2022 e as projeções atuariais que vão definir as negociações de 2023. O acordo atual tem validade até 31 de agosto do próximo ano.
 

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