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Grito dos Excluídos: Brasileiros ocupam ruas por comida, moradia e direitos

Nos atos realizados em várias cidades do Brasil teve distribuição de alimentos, críticas ao desgoverno Bolsonaro e questionamento: “200 anos de (in)dependência para quem?”

Milhares de pessoas ocuparam as ruas de várias cidades do Brasil nesta quarta-feira (7) no 28° Grito dos Excluídos que denunciou a fome, distribuiu alimentos e protestou contra o desemprego, a não valorização dos profissionais da enfermagem, cujo piso salarial foi suspenso pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras pautas de interesse da classe trabalhadora e da população mais pobre do país.

Para marcar o bicentenário da Independência do Brasil, o tema escolhido pelos organizadores neste ano foi: “200 anos de (in)dependência para quem?”. A luta pela independência só termina quando ninguém mais passar fome neste país, todos estiverem em empregos decente e tiverem educação e saúde de qualidade e nenhum negro ou pobre morrer nas mãos das polícias locais ou federais foram algumas das faixas e falas ouvidas nos atos realizados em São Paulo,  Recife, Campo Grande, Porto Alegre, Natal, Belém, Curitiba, Belo Horizonte, Alagoas, Mossoró (CE), Santo André (SP), Aparecida de Goiânia (GO) e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o Grito dos Excluídos começou nas primeiras horas da manhã gelada na Praça da Sé. O mote foi “Por terra, teto, pão e democracia – pão e viver bem”.  A atividade também integrou as ações da Mobilização Nacional Contra a Fome e a Sede, que conta com alimentos produzidos pelas cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e doações das Cozinhas Solidárias que participam de organizações da Campanha “Gente é para Brilhar e não para morrer de fome”.

“O Grito tem um compromisso contra a exclusão social, independente de quem seja o governo. De modo nenhum podemos deixar nossa pauta de lado, vamos estar sempre reivindicando o que é necessário para o nosso povo”, disse o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedrini.

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