Representantes de diversas entidades discutiram necessidade de ampliar a mobilização em defesa da instituição pública, da Cassi e da Previ.
Integrantes de diversas entidades de representação do funcionalismo do Banco do Brasil fizeram importante debate da conjuntura nacional e sobre o futuro do banco público e das caixas de Assistência e de Previdência (Cassi e Previ), na quinta-feira 5.
O secretário de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Ernesto Izumi, que é funcionário do BB, fez breve apanhado das ações que vêm sendo realizadas pelo movimento sindical em defesa do BB e demais empresas públicas. “E importantíssimo que as pessoas atentem aos vários ataques que o BB e demais empresas públicas têm sofrido. Muitos defendem abertamente a privatização”.
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, detalhou a piora nas condições de trabalho na instituição por meio da redução do quadro de trabalhadores, redução de setores do banco e fechamento de centenas de agências. “Cerca de 68% do financiamento para a agricultura familiar é feita pelo BB. Ou seja, ele é o responsável pelo prato de comida em nossas casas. Mesmo assim, é claro o movimento para que o banco seja privatizado e, se isso ocorrer, a Cassi corre risco, pois ela será vista como um passivo por uma instituição privada.”
Luis Carlos Machado, diretor da Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil (Afabb-SP), fez importante alerta durante a reunião. “Há pessoas que defendem que não existe clima para a privatização. Mas não se iludam, ‘eles’ criam esse clima privatista.”
O diretor regional da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar) e conselheiro deliberativo da Afabb, José Ricardo Sasseron, destacou a necessidade de o funcionalismo se envolver nas manifestações em defesa do banco e de entidades como a Previ. “Houve uma intervenção no Postalis (fundo de pensão dos Correios). A Previ tem um patrimônio imenso e provoca a cobiça de muitos setores. Temos de nos mobilizar contra tudo isso.”
“Está na hora de superarmos divergências e nos unirmos em defesa do banco”, disse Waldenor Moreira Borges Filho, vice-presidente da Afabb-SP e dirigente da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB).
“Se não tiver Banco do Brasil, não vamos ter Cassi, nem Previ, nem AABB’s”, alertou Adelmo Vianna, dirigente da Afabb e integrante do Conselho de Usuários.
Já o presidente da Afabb-SP, Rubens Rodrigues Costa, enfatizou que são de longa data as investidas para tentar entregar o BB à iniciativa privada. “Isso só não ocorreu porque resistimos. Temos de fazer o mesmo agora”.
Homenagem
O início da reunião foi marcado por um minuto de silêncio em memória ao senhor João Pessoa da Costa Alves, falecido recentemente.
Participe
Algumas das propostas discutidas foram intensificar o contato com outros segmentos da sociedade para ampliar a defesa do banco e ampliar a divulgação das atividades em defesa da instituição.
Além disso, em 18 de outubro, a partir das 19h, haverá audiência em defesa dos bancos públicos, na Câmara Municipal de São Paulo.
Além da Afabb-SP, AAFBB, Contraf-CUT, Sindicato e Conselho de Usuários da Cassi, estiveram representadas a Anabb, Apabb, Satelite, Fecob, Sindicato dos Bancários de São Paulo e de Bragança e a Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP).