Em reunião com representantes do Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban informou que os bancos não vão aderir ao feriado estadual da Revolução Constitucionalista, antecipado para segunda-feira, 25, como um esforço para barrar a curva ascendente de contaminação e mortes por coronavírus.
Os bancos alegam que teriam que abrir por serem considerados serviços essenciais, de acordo com o decreto 10.232, de 20 de março de 2020. “Cobramos de todo os bancos o pagamento das horas extras com o adicional de 100% aos bancários que trabalharem nestes feriados. para todos os bancos” disse Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP e membra do Comando Nacional dos Bancários. Dentre as principais instituições, Caixa, Itaú e Bradesco já informaram que pagarão as horas extras. “Vamos continuar pressionando para que as instituições para que o direito dos bancários de todas as instituições seja respeitado”, concluiu Aline.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou na madrugada desta sexta-feira 22 o projeto de lei que antecipa para a próxima segunda-feira 25 o feriado estadual da Revolução Constitucionalista, celebrado em 9 de julho.
Na terça-feira 19, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou em entrevista à CNN Brasil que, se os bancos quiserem manter funcionamento normal durante os feriados municipais antecipados para quarta-feira 20 e quinta-feira 21, “basta pagar seus funcionários por isso”.
Com a antecipação dos feriados da Consciência Negra e de Corpus Christi para quarta-feira 20 e quinta-feira 21, o índice de isolamento na capital paulista subiu pouco, passando de 49% na terça-feira 19 para 51% na quarta-feira 20.
Embora o valor seja maior do que o registrado na terça-feira (49% na cidade e 48% no estado), ele ainda está abaixo da meta de 55% a 60% estipulada pelo governo para conter o avanço de contaminação do coronavírus. Segundo as autoridades de saúde, o valor ideal seria de 70%.