Bancários, ao lado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, voltaram a protestar contra a mais recente leva de terceirizações promovida pelo banco espanhol. Desta vez na Torre Santander, a sede da instituição financeira no Brasil. O local foi paralisado na manhã desta sexta-feira 7. É o terceiro dia seguido de manifestações. O Conexão Santander e o Radar Santander foram palcos dos protestos na quinta-feira 6 e na sexta-feira 7.
Assembleia para rejeitar mudanças
Será realizada uma assembleia virtual, em âmbito nacional, na terça-feira 11 de outubro. Os trabalhadores devem participar e rejeitar todas as mudanças promovidas pelo Santander.
“Esta mobilização só está acontecendo com apoio de todos os bancários que entenderam o movimento nefasto do Santander contra seus trabalhadores, através das terceirizações de todos os setores. Agora é muito importante que todos os bancários participem da assembleia de terça-feira 11, manifestem sua rejeição a este processo que irá resultar na retirada de direitos, e votem sim para a pergunta sobre a vontade de permanecerem representados pela organização sindical bancária, uma das mais fortes e que garante uma das convenções coletivas de trabalho com mais direitos no país.”
Ana Marta Lima, dirigente sindical e bancária do Santander.
Santander intensifica terceirizações
Na segunda-feira 3, os cerca de 1,7 mil funcionários da área de manufatura passaram a ser transferidos para outra empresa do grupo Santander, chamada “SX Tools”.
“Estamos aqui porque o Santander insiste em fazer a terceirização da categoria. Um método que ele está usando para não pagar a nossa Convenção Coletiva de Trabalho, tirando o auxílio-creche/babá, a PLR. É uma forma de diminuir todos os direitos dos trabalhadores. O Sindicato está aqui informando os trabalhadores sobre o que está acontecendo e lutando para que isso não aconteça, porque é um absurdo o que o Santander está fazendo. Ele está querendo burlar a nossa jornada de seis horas quando coloca esses trabalhadores em outra categoria que é de oito horas. Somente para diminuir seus custos. Nós vamos continuar nossa luta contra a terceirização no Santander. E espero que você bancário do Santander, do Itaú, do Banco do Brasil, de todos os bancos, venham para essa luta, porque não podemos aceitar que uma parte da categoria seja atacada desta forma”
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região