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Bancário ou Economiário?

Empregados da Caixa lutaram para fazer parte da categoria e ter o direito a se sindicalizar

No dia 22 de maio é celebrado o Dia do Economiário, nome dado aos empregados da Caixa Econômica Federal. Mas hoje esses trabalhadores são economiários ou bancários?

A diretora de bancos públicos da FETEC-CUT/SP, Tamara Siqueira, conta que até 1985 os trabalhadores da Caixa eram chamados economiários e, ao contrário dos demais bancários, tinham jornada de 8 horas diárias. E por não serem bancários também não podiam se sindicalizar. 

Em outubro de 1985, os economiários fizeram uma greve histórica, parando o banco por 24 horas em todo o país. Foi a primeira greve em nível nacional da Caixa em 124 anos de existência.

‘’Essa greve foi memorável porque teve adesão de quase 100% dos empregados. E a partir dessa manifestação fomos reconhecidos como bancários, podendo lutar como categoria e tendo a força dos sindicatos ao nosso lado’’, contaTamara.

Além de fazer parte da categoria, os empregados da Caixa conquistaram a redução de jornada de oito para seis horas.

Sasse e Funcef – Mais um pouco de história
 Em 1947, foi proposto um projeto de criação do Instituto de Previdência específico para os empregados da Caixa, que levou 10 anos para ser concretizado devido a vários vetos dos deputados. 
Só em 1957 o projeto foi encaminhado para o presidente Juscelino Kubitschek e, com a participação fundamental do então presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães foi criado o Sasse, Serviço de Assistência Social dos Economiários. 
Já em 1977 para sua substituição foi criada a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), que é o terceiro maior fundo de pensão do país. 

Direitos ou conquistas?
  A categoria bancária tem resistido a muitos ataques nos últimos anos, como a reforma trabalhista, reforma da previdência, ameaça constante de terceirização, privatização dos bancos públicos. ‘’Não existe conquista ou sequer manutenção de direitos desvinculada à mobilização. A organização e a força dos sindicatos é imprescindível”, conclui Tamara.

Foto Livro Tijolo por Tijolo – FENAE

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