Representantes dos trabalhadores estiveram na tarde desta terça-feira (9) na agência Sé da Caixa Econômica Federal, no centro da capital paulista, para tentar uma agenda com a presidenta do banco, Daniella Marques, a fim de tratar das medidas adotadas pelo banco que tem como alvo o público feminino. 

Eles conseguiram conversar com o vice-presidente de rede, Júlio Volpi, e obtiveram a promessa de uma agenda para esta quarta-feira (10) com a cúpula da Caixa.

‘’Lamentamos que a presidenta da Caixa não tenha nos recebido, porque a procuramos para abordar assuntos que são de interesse dos empregados e de ações das quais a Caixa deve fazer parte’’, disse Leonardo Quadros, presidente da Apcef SP e secretário de Comunicação da FETEC CUT SP.

‘’Foi um momento de cobrarmos o compromisso dela em ter diálogo com as entidades que representam os empregados da Caixa, como a Fenae e a Contraf CUT, que pediam uma audiência específica sobre as denúncias de assédio moral e sexual, além de assuntos de interesse nacional dos bancários’’, destaca Leonardo.

Reunião de hoje, quarta (10)
De acordo com Leo, o objetivo da reunião que acontece nesta quarta-feira (10), é debater a cobrança de metas, GDP e o compromisso da Caixa ‘’para que consigamos de fato avançar nas pautas de reivindicações. Porque em nossa minuta apontamos diversos problemas, por isso, precisamos que o banco se comprometa em resolvê-los. Se não imediatamente, mas, no mínimo, apontando para um cronograma de soluções de todas as nossas demandas’’.

Oportunismo?
‘’Os empregados tinham a expectativa de que com a mudança de comando no banco houvesse uma revisão na forma de cobrança. Mas não foi o que aconteceu. Pelo contrário, denúncias de assédio se transformaram em ‘oportunidade’ da empresa em colocar novos produtos e metas para os empregados’’. 

Segundo Rafael de Castro, dirigente da Contraf CUT, depois de promover lives nacionais e regionais para orientar a “venda casada” de seguros, cartões de crédito e outros produtos bancários, para clientes que contratarem financiamentos habitacionais e empresas que utilizarem recursos do Pronampe, agora o banco iniciou uma ação voltada às mulheres, o “Caixa pra Elas”, que, na prática, servirá como instrumento de marketing para amenizar os impactos à imagem do banco e como mais uma ferramenta de vendas de produtos da Caixa.

Com informações da Contraf CUT e FETEC CUT SP Fonte: CONTRAF CUT e FETEC CUT SP