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quinta-feira, 28 de março de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 16/04/2019

Sindicato de São Paulo: 96 anos de luta e conquistas para a categoria bancária

Entidade faz aniversário no dia 16 de abril, e durante todo o mês haverá debates, sorteios para sindicalizados e eventos diversos

Em 16 de abril, o Sindicato completa 96 anos. Durante todo o mês, haverá debates em torno da democracia, resistências das entidades sindicais e a luta pelo fortalecimento dos direitos dos trabalhadores. Além de sorteio de prêmios para os sindicalizados, e eventos diversos.

Nesse quase um século de história, tivermos conquistas marcantes como a jornada de seis horas semanais, auxílio-creche, fim do trabalho aos sábados, vales refeição e alimentação, PLR, 13ª cesta-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, licença-paternidade ampliada de 20 dias, igualdade de direitos para casais homoafetivos, instrumento de combate ao assédio moral, entre outras (veja cronograma das principais conquistas abaixo).

“São 96 anos de resistência, luta e conquistas. Muitos bancários que entraram recentemente na categoria acham que nossos direitos foram dados pelos bancos e não percebem que são conquistas, que vieram de muita organização dos trabalhadores. E é importante que a nossa história seja contada pelos trabalhadores que participaram dessas lutas todas, com a união de toda a categoria”, diz Ivone Silva, presidenta do Sindicato.

O Sindicato sempre se manteve atuante no cenário político, econômico e social. A entidade se mantém nas ruas contra a reforma da Previdência, que vai prejudicar principalmente os trabalhadores mais pobres. Defendemos o fortalecimento dos bancos públicos para manter os investimentos no país, em saúde, educação, agricultura familiar e infraestrutura. 

Relembre as principais conquistas dos bancários

PLR, vale-alimentação, auxílio-creche, licença-maternidade de seis meses, jornada de seis horas, reajustes acima da inflação que garantiram aumento real de 21,8% desde 2004, descanso aos sábados. Tudo isso não são “benefícios” que os bancos concedem aos seus empregados. São direitos conquistados com a luta e a organização da categoria bancária ao longo de 96 anos de existência do sindicato. Confira algumas das conquistas que você tem direito graças ao Sindicato

1933 – Conquista da jornada de seis horas de trabalho;

1934 – Primeira greve geral da categoria, com conquista da estabilidade a partir dos dois anos de trabalho e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), extinto em 1967, durante a ditadura militar;

1957 – Garantia de recebimento de horas extras e da aposentadoria por tempo de serviço;

1961 – A “Greve da Dignidade” conquista o Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros garantiram o 13º salário;

1962 – Fim do trabalho aos sábados;

1981 – Conquista do auxílio-creche;

1982 – Unificação da data base de toda a categoria em 1º de setembro;

1983 – Criação da Central Única dos Trabalhadores;

1985 – Formação do primeiro Comando Nacional e deflagração da primeira greve nacional da história da categoria após o regime militar. Empregados da Caixa são reconhecidos como bancários e conquistam a jornada de seis horas e o direito à sindicalização;

1990 – Conquistado o vale-refeição;

1991 – Unificação nacional dos pisos salariais;

1992 – Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho válida para todo o país;

1994 – Conquista do vale-alimentação;

1995 – Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em Convenção Coletiva de Trabalho;

1997 – Luta conquista a complementação salarial para bancários afastados por doença ou acidentes e a verba de requalificação profissional na demissão;

2000 – Inclusão na CCT da cláusula sobre igualdade de oportunidades;

2003 – Primeira campanha salarial unificada da categoria bancária com a inclusão dos bancários do BB e da Caixa. Após greve, trabalhadores dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados;

2004 – Conquista, com a greve de 30 dias, de aumento acima da inflação, o que  se repetiu por 12 anos seguidos;

2006 – Pela primeira vez, BB e Caixa assinam a Convenção Coletiva de Trabalho com os demais bancos. Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral;

2007 – Conquista da 13ª cesta-alimentação e do valor adicional à Participação nos Lucros e Resultados;

2009 – Licença-maternidade de 180 dias. Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional. Extensão de direitos aos casais homoafetivos;

2010 – Instrumento de combate ao assédio moral e a valorização do piso salarial. Na segurança ficou assegurado: a obrigatoriedade do registro de BO, a divulgação de estatística semestral do setor, a garantia de transferência do bancário de agência em caso de sequestro e atendimento psicológico no pós-assalto;

2011 – Valorização do piso salarial e da PLR. Proibição da publicação do ranking de performance no cumprimento de metas, usado para pressionar e assediar os trabalhadores. Na segurança, ficou proibido o transporte de valores por bancários;

2012 – Afastados por problemas de saúde, que ficam sem o salário e sem o benefício do INSS enquanto aguardam perícia ou devido à alta programada, passam a ter sua remuneração mantida. Conquista do segundo Censo da Diversidade (o primeiro foi realizado em 2008) com o objetivo de averiguar as condições de mulheres, negros e PCDs nas empresas. Os dados foram colhidos e divulgados em 2014;

2013 – Sindicato conquista o abono-assiduidade, que garante o direito a folgar um dia durante o ano. O combate ao assédio moral é ampliado com a proibição de envio de mensagens aos celulares dos funcionários para a cobrança de metas. Foi conquistada a não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados por doença ocupacional;

2014 – Aumento real para os salários; bancos passam a custear exames de CPA-10 e CPA-20 exigidos pelas instituições financeiras, se o bancário for aprovado. Mulheres que forem demitidas e engravidarem durante o aviso prévio proporcional serão readmitidas. Cláusula específica para combater as metas abusivas;

2015 – Mais um ano consecutivo de aumento salarial acima da inflação, além de reajuste ainda maior para vales refeição, alimentação e 13ª cesta. Combate ao assédio moral e às metas abusivas segue com a conquista de uma nova cláusula que  trata de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento;

2016 – Pela primeira vez, os bancários fecharam acordo válido por dois anos, que se mostrou extremamente importante diante da aprovação da reforma trablhista, que acabou com a validade dos acordos coletivos até sua renovação. Em 2017, a proposta garantiu 1% de aumento real para os salários e nas demais verbas. Todos os direitos foram garantidos;

2018 e 2019 – Mesmo em conjuntura adversa resultante da reforma trabalhista, a categoria bancária, organizada em seus sindicatos, conseguiu fechar um acordo de dois anos que manteve todos os direitos da CCT e ainda conquistou reajuste de 5% sobre salários e demais verbas (como PLR, VA e VR) – com aumento real de 1,31% em 2018 – e garantia de 1% de aumento real em 1º de setembro deste ano.  Além disso, avançou em novas conquistas, como o parcelamento do adiantamento das férias e a realização de novo censo da diversidade, para avançar na promoção da igualdade de oportunidades nos bancos para mulheres, negros e PCDs. Em uma primeira reunião com a Fenaban, ficou acertado que este novo censo seria complementado com a criação de agentes da diversidade nos locais de trabalho: um bancário responsável por promover debates sobre o tema. A segunda reunião já marcou o calendário de realização do censo.

  Fonte: Seeb/SP
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