A Marcha das Margaridas de 2019 ficará para a história pela elevada participação na mobilização desta quarta-feira (14), em Brasília. As organizadoras do encontro, que é realizado a cada quatro anos, estimam que cerca de 100 mil pessoas participaram do ato. De forma pacífica, agricultoras, indígenas, quilombolas, bancárias e demais trabalhadoras pertencentes às bases de entidades e setores de vários estados brasileiros seguiram em marcha do Parque da Cidade até o Congresso Nacional.
As temáticas centrais defendidas pelas mulheres na sexta edição da Marcha foram: soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência. A Reforma da Previdência, que tramita no Congresso, também preocupa as agricultoras e foi um dos temas de destaque na manifestação.
Segundo Maria de Lourdes (Malu), secretária de Políticas Sociais da Federação dos Bancários de São Paulo (FETEC-CUT/SP), as mulheres mostraram que não concordam com a retirada de direitos e lutam por trabalho digno, educação, saúde e desenvolvimento sustentável e solidário.
Bandeiras, faixas, carros de sons, instrumentos musicais, cartazes e vestimentas típicas mostraram o posicionamento de milhares de margaridas. Em suas denúncias, as frases contrárias à conjuntura de desigualdades, sexista, racista e de valores conservadores. Todas por políticas públicas e pelo desenvolvimento sustentável.
“As mulheres mais uma vez mostraram a sua força, enfrentaram dias de estrada, meses de preparação, passaram noites acampadas e marcharam com alegria. É assim que resistimos e dizemos a esse desgoverno que queremos respeito, igualdade, justiça social, democracia, e o fim da violência contra mulher”, comenta a dirigente.
A marcha reúne mulheres trabalhadoras a cada quatro anos para lutar por direitos e denunciar retrocessos, desde os anos 2000, sempre em Brasília.
Fonte:
FETEC-CUT/SP