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sexta-feira, 29 de março de 2024

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publicado em 07/08/2018

Fenaban propõe apenas repor a inflação

Comando indica rejeição da proposta em assembleias e participação nas atividades do Dia do Basta, para garantia de empregos e direitos; próxima negociação ocorrerá dia 17.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se nega a oferecer uma proposta decente, que valorize os bancários. Após cinco rodadas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban propôs apenas o reajuste da inflação no salário, na PLR, vales refeição, alimentação e demais cláusulas econômicas, sem aumento real. 

Os representantes dos bancos também não garantiram que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Os bancos querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, avaliou a proposta e indica sua rejeição nas assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira (8) por sindicatos da categoria de todo o país, uma vez que a mesma não traz aumento real nem garantia dos direitos conquistados e estabelecidos na CCT, tampouco a manutenção dos empregos.

Segundo Aline Molina, presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), a proposta apresentada é insuficiente e incompleta. “Queremos garantia de emprego, manutenção dos direitos, reposição da inflação e aumento real. A Fenaban não apresentou nada para clausulas que havíamos discutido nas reuniões anteriores. Por estas razões, o Comando Nacional orienta a rejeição da proposta apresentada”, comenta a presidenta.

“A categoria não aceitará uma proposta sem aumento real, manutenção dos direitos e sem a garantia de que os bancários não serão substituídos por formas de contratação precarizadas. É por isso que o Comando indica a rejeição da proposta nas assembleias desta quarta-feira (8)”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os números e indicadores comprovam a plena capacidade dos bancos de atender às reivindicações da categoria. Em 2017, as cinco maiores instituições financeiras que compõem a mesa de negociação pela Fenaban (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica), lucraram juntas R$ 77,4 bilhões – valor que representa 33,5% mais que no ano anterior. Santander e Bradesco já anunciaram seus resultados do primeiro semestre deste ano e mantêm tendência de alta: o lucro do Santander cresceu 27,5% (R$ 5,9 bilhões) e o do Bradesco aumentou 9,7% (R$ 10,2 bilhões), em relação a igual período do ano passado.

Proposta insuficiente e incompleta

Para Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, a proposta da Fenaban é insuficiente e incompleta. “Não atende a reivindicação de aumento real feito pela categoria e sequer está com todas as cláusulas redigidas”, criticou.

Além de não querer dar aumente real, os bancos já disseram que vão retirar a cláusula da CCT que possibilita o abono ou compensação dos dias parados de greve.

Um avanço da negociação desta terça-feira é que a CCT é válida para todos, inclusive para os trabalhadores hipersuficientes, que possuem escolaridade de nível superior e ganham acima de dois tetos do INSS.

Basta de desemprego e retirada de direitos

No dia 10 de agosto, no Dia do Basta a categoria vai promover retardamento da abertura de agências e departamentos bancários no dia 10 de agosto (sexta-feira) e participar das atividades locais que serão realizadas por sindicatos de diversas categorias contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos.

Defesa dos bancos públicos

No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra a resolução 23 da CGPAR, em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília.

  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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