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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 21/03/2018

Dia 21 de março: Dia Internacional de Eliminação da Discriminação Racial

Hoje, 21 de marco, é o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data, instituída pela ONU, é uma referência ao Massacre de Sharpeville, em que a polícia sul-africana, durante o apartheid, massacrou os cidadãos do país durante uma manifestação que reuniu 20 mil pessoas, e questionava a chamada Lei de Passe, obrigação aos negros de portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. O massacre resultou em 69 mortes e 186 feridos.

No Brasil, país em que a escravidão foi abolida tardiamente e sem nenhum tipo de programa para integrar os escravos que foram libertados, a discriminação racial é retroalimentada pela desigualdade social. A base da pirâmide social é predominantemente negra, e os programas sociais que possibilitariam mobilidade social estão sendo sistematicamente esvaziados pelo grupo que assumiu o poder de maneira ilegítima no país. Isso se reflete nos números da violência e do Mercado de trabalho, que se agravam quando ogênero é o feminino.

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes negros subiu 18,2%, enquanto para cidadão não-negros caiu 12,2%. E também os números de  mulheres negras  nas estatísticas do feminicídio são maiores do que a de mulheres brancas. O número de assassinatos de mulheres negras subiu 54%, enquanto o de brancas caiu 9,8%, segundo o 
Mapa da Violência de 2015.

Essa discriminação tão presente na sociedade se reflete também no mercado de trabalho. Se atualmente as mulheres ganham 28% a menos que os homens exercendo a mesma função, para as mulheres negras essa injustiça é ainda maior ganham 47% a menos que as pessoas brancas.


“Precisamos lutar para manter as políticas de inclusão implementadas entre 2003 e 2015, como a política de cotas e programas sociais voltados aos negros. É preciso, também, tartar de maneira dura os crimes de ódio e o rascismo. Não podemos admitir que sejam relativizados, e que o rascimo, por exemplo, seja qualificado simplesmente como injúria nos casos em que ocorre”, falou Crislaine Bertazzi, secretária de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP.

  Fonte: FETEC-CUT/SP
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