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publicado em 29/07/2017

Conferência é uma oportunidade para organização e construção da luta da categoria

Evento acontece até domingo (30), no Hotel Holiday Inn, em São Paulo.

Em 2016, a 18ª Conferência Nacional dos Bancários foi realizada pouco depois do início do governo ilegítimo, que contou com amplo apoio de setores empresariais, e discutiu a realização daquela Campanha Nacional dos Bancários, que se deu em um cenário de extrema dificuldade. Foi a primeira campanha de uma categoria com presença nacional após o afastamento definitivo da presidenta Dilma, e em meio ao início do desmonte das políticas de proteção social. Este ano (2017), os bancários se reúnem novamente em um cenário adverso, depois da sanção da lei que derruba as bases da CLT, para debater os caminhos para realizar a luta pelos direitos dos trabalhadores.
 
A 19ª Conferência Nacional dos Bancários é uma oportunidade inédita para a organização das lutas da categoria. "Temos a oportunidade de construir juntos uma campanha sem a necessidade de discutirmos o índice graças ao acordo de dois anos que fizemos no ano passado", disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. "O ataque que estão fazendo contra os sindicatos e os trabalhadores é uma oportunidade para construirmos um movimento sindical mais forte, desatrelado do governo. O Comando Nacional teve a sabedoria de orientar as federações e sindicatos que o que está em jogo é a defesa do emprego e dos direitos. Vamos construir nessa conferência um plano de enfrentamento, com unidade nacional de bancários de todo o país e de todas as forças que atuam na categoria. Uma campanha de luta classista", ressaltou von der Osten, lembrando que muitos dos sindicatos dos bancários tem mais de 80% de sindicalização.
 
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, lembrou que esta é a primeira Conferência Nacional dos Bancários após o acordo de dois anos. Mas, também acontece num momento trágico da política brasileira. “O golpe significou o fim da democracia, ao tirar uma presidenta eleita e colocar um golpista no lugar. A partir daí, começaram a roubar nossos direitos com o conjunto de reformas. Nesta conferência vamos ter de pensar como reverter este cenário. Temos de sair daqui com um plano de lutas para defender nossos direitos. São 25 anos de luta de uma categoria que sabe representar seus trabalhadores, por mais amplo que sejam as suas diferenças. Fomos a primeira categoria a se organizar nacionalmente e a conquistar um acordo de dois anos. Agora, seremos a primeira categoria a se organizar para superar todo esta conjuntura adversa", disse Ivone.
 
O presidente da Central Única dos trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, apontou que uma parcela da categoria defendeu o golpe. "Foram para a rua bater panelas. Acreditaram que a entrada do golpista traria benefícios para a classe trabalhadora. Não perceberam que o golpe era contra os trabalhadores, não contra Dilma e o PT. Agora eles estão vendo isso. Temos a oportunidade de organizar a luta e o crescimento da militância. O momento propicia o crescimento do movimento sindical. Nosso discurso está tendo ressonância entre os trabalhadores", observou o presidente da CUT.
 
Durante a abertura da Conferência, os delegados prestaram homenagem a Augusto Campos, Sebastião Cardoso (Tião), Jorge Costa Ferreira (Jorginho) e Rebecca Costa Serra Valle, que falecerem recentemente, que, após a apresentação de um vídeo de homenagem foi transmitido, lembraram que eles sempre estarão presentes na luta.
 
A conferência é transmitida ao vivo através de link página da Contraf-CUT no facebook (compartilhado também na página de facebook da FETEC-CUT/SP) e do perfil do Mídia Ninja.

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  Fonte: FETEC-CUT/SP e Contraf
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