Na luta para pedir o fim da tramitação da reforma trabalhista e previdenciária proposta pelo governo Temer e eleições diretas, os trabalhadores foram às ruas no último dia 30. As manifestações foram marcadas pela paralisação de diversas categorias, dentre elas a bancária, com ampla participação dos sindicatos filiados à Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP).
 
Em todos os estados houve ações como trancamento de avenidas, rodovias e ocupação de espaços públicos, usados pelas centrais sindicais e movimentos sociais como forma de protestar.
 
Segundo a presidenta da FETEC-CUT/SP, Aline Molina, os trabalhadores não aceitam retrocesso nos direitos trabalhistas. “Estamos sempre à frente das lutas da classe trabalhadora, e neste momento do desmonte do estado proposto pelo governo Temer, estamos ainda mais atentos”, comenta.
 
Movimentação nas bases:
 
No balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região 212 locais de trabalho, sendo 12 centros administrativos e 200 agências fecharam no dia 30. Estima-se que mais de 30 mil trabalhadores participaram das paralisações.
 
No Sindicato dos Bancários do ABC, na parte da manhã houve uma concentração e passeata no centro de São Bernardo do Campo, onde todas as categorias da região se uniram para protestar e gritar: “Fora Temer”.
 
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região se uniu a mobilização convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais, intensificando os protestos para denunciar os ataques aos direitos dos trabalhadores, como a reforma trabalhista. Os atos tiveram início às 9h e se estenderam por toda a manhã, percorrendo as ruas centrais de São José do Rio Preto para alertar sobre as ameaças aos direitos trabalhistas e convocar a população para a luta.
 
Em Jundiaí, o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região realizou uma paralisação na rotatória da Avenida Antonieta Piva Barranqueiros, no Distrito Industrial. O ato, que teve início às 4h30, durou cerca de uma hora e foi pacífico. Por volta das 6h20, um grupo de manifestantes fez uma paralisação na avenida marginal do Rio Jundiaí, na pista sentido Campo Limpo Paulista – Jundiaí. O ato, pacífico, ato durou cerca de 40 minutos. Com a chegada de viaturas da Polícia Militar, os manifestantes se dispersaram e o trecho foi liberado para o tráfego de veículos.
 
Ainda em Jundiaí, outro ato foi realizado na Praça da Matriz, onde lideranças das 17 entidades que participam do Movimento deram continuidade às atividades de conscientização com distribuição de panfletos e pronunciamentos sobre as ameaças aos direitos.
 
A União Bragantina em Defesa dos Trabalhadores, composta por entidades como o Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região, fechou a Rodovia Capitão Barduíno, principal via de acesso à Região Serrana, como parte das atividades da manifestação contra as reformas em curso na Câmara e Senado Federal.
 
O protesto continuou na Praça Raul Leme, onde houve distribuição de material explicativo sobre o impacto que a aprovação das reformas terá sobre a vida de grande parte da população, especialmente dos trabalhadores.
 
Na base do Sindicato de Mogi e Região, os bancários cruzaram os braços contra as reformas trabalhistas, previdenciária e as terceirizações que estão em curso no Congresso Nacional. Todas as agências das cidades de Suzano e Poá, incluindo o departamento empresarial do Itaú, aderiram à paralisação e amanheceram de portas fechadas.

Em Guarulhos, após uma manhã de resistência e luta, com protestos e o bloqueio das principais rodovias do município, os integrantes do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região participaram do encerramento das manifestações e engrossaram o coro dos manifestantes contra o pacote de maldades proposta pelo governo.
 
À noite os trabalhadores de todas as categorias se concentram no vão livre do Masp para um grande ato em defesa dos seus direitos.

  Fonte: FETEC-CUT/SP