As desanimadoras propostas de mudanças na Previdência que estão sendo impostas pelo governo de Michel Temer (PMDB) foram abordadas no seminário “Previdência e Saúde”, realizado pela Secretaria de Saúde do Trabalhador da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo. O evento ocorreu nesta terça-feira (28), na sede da CUT/SP, no centro da capital paulista.
O debate contou com participação de Márcio Simião, consultor de Previdência Social na empresa Prev Fácil Service. Segundo ele, a perspectiva da mudança do governo é que todos, sem exceção, sejam afetados. “O governo propõe uma mudança para aposentadoria especial, mas, na verdade, o fator de risco para algumas categorias está sendo ignorado”, comenta.
O consultor se refere às mudanças na concessão de aposentadoria especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentre as quais a idade mínima de 55 anos e tempo mínimo de 20 anos de contribuição. Hoje, os trabalhadores têm direito a esse tipo de benefício após 15, 20 ou 25 anos de serviço. Nesta categoria, se enquadram os empregados que exercem função em ambientes insalubres, perigosos ou que prejudiquem a saúde.
“O seminário foi muito esclarecedor. Pois mostrou, que mesmo na opinião de um consultor do mercado de previdência, os números não fecham e o trabalhador será extremante penalizado com a reforma. Os trabalhadores terão saúde e tempo de vida ainda mais prejudicados para alcançarem a aposentadoria”, esclarece a diretora de Saúde e Condições de Trabalho da FETEC-CUT/SP, Rosângela Lorenzetti, que esteve presento ao evento.
Fonte:
FETEC-CUT/SP