Webmail
terça-feira, 16 de abril de 2024

Notícias

publicado em 19/07/2016

Bancários querem debater medidas em casos de assaltos a bancos

Na reunião sobre segurança bancária entre o movimento sindical e a federação dos bancos realizada na segunda-feira (18), os representantes dos trabalhadores cobraram da Fenaban a extensão do atendimento psicológico e segurança aos familiares de bancários vítimas de sequestro, ou extorsão mediante sequestro, com a finalidade de roubo a banco. A reunião foi a última do tema antes do início da Campanha Nacional.
 
Para o diretor de Relações Sindicais da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Valdir Machado de Oliveira, este tema é muito importante e merece a devida atenção por parte dos bancos. “Precisa ser debatido na Campanha para as negociações avançarem e passar a fazer parte da Convenção Nacional”, disse o diretor da FETEC/SP, completando que “seria um grande avanço por parte de alguns bancos, que ainda não garantem este tipo de assistência”.
 
“Queremos que os bancos valorizem a vida e a saúde dos seus funcionários e de seus familiares”, afirma Carlos Damarindo, secretário Jurídico do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ressaltando que muitos funcionários vítimas dessas modalidades de crime ainda acabam demitidos. Por isso outra reivindicação cobrada na mesa é que os bancos abandonem esse tipo de penalização.
 
“Os funcionários vítimas de assalto acabam sendo punidos duas vezes. Ele e a família ficam traumatizados com o ocorrido e ainda, muitas vezes, são demitidos por justa causa. É absurdo os bancos não reconhecerem que este tipo de ação não é culpa do bancário e nem de seus familiares”, explica Valdir.
 
A Fenaban se comprometeu a negociar ambas as reivindicações durante a Campanha Nacional.
 
FALTA DE INFORMAÇÕES
Os representantes dos bancos apresentaram dados sobre roubos a agências e postos de atendimento no primeiro semestre. Segundo eles, houve apenas 212 ações criminosas contra estabelecimentos financeiros.
 
Os dados não foram debatidos com os representantes dos trabalhadores, que criticaram a falta de informações complementares. A Fenaban não informou, por exemplo, os locais onde ocorrem o maior número de casos de violência.
 
“A Fenaban não contabiliza ações como as 'saidinhas', que começam dentro das agências graças a falta de vontade dos bancos em implantar nas áreas dos caixas automáticos medidas de segurança propostas pelo movimento sindical, como biombos e divisórias que impeçam a visão do tipo de transação que está sendo feito nas máquinas”, critica Carlos Damarindo.
 
Conquista da Campanha Nacional Unificada 2012 concretizou projeto-piloto em cidades pernambucanas determinando que cada agência tenha pelo menos dois vigilantes, biombos entre os caixas e a fila, e portas giratórias com detector de metal, incluindo agências de negócios e as localizadas em shoppings.
 
Entre agosto de 2013 e agosto de 2014, houve redução de 50% nos roubos a unidades (caíram de 30 em 2013 para 16 em 2014), segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco.“Queremos ainda no próximo período ampliar os itens de segurança para todo o território nacional”, sublinha Damarindo.
 
COMISSÕES
Os dirigentes cobraram também o retorno das comissões bipartites entre o movimento sindical e os bancos para negociar avanços na área de segurança.
 
“Precisamos discutir os novos modelos de agências, que funcionam sem dinheiro, e por isso os bancos acham que não precisam de medidas de segurança. Avanços tecnológicos exigem avanços na área de segurança. É importante manter o debate sobre segurança, pois é um tema que envolve toda a categoria”, finaliza Carlos Damarindo.


Fonte: FETEC/SP e Seeb/SP
  • Whatsapp
  • Telegram

Leia Mais

FETEC-SP é uma marca registrada. Todos os Direitos Reservados.
INFOSind - A MAIOR Empresa de Gestão Sindical do Brasil