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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 13/08/2020

Bancári@s discutem igualdade e querem definições da campanha

  • Dados do Censo da Diversidade apresentados pela Fenaban foram considerados insuficientes
  • Comando quer definir negociações até o final da semana que vem
  • Próxima rodada será nesta sexta-feira sobre cláusulas sociais
O Comando Nacional d@s Bancári@s apresentou nesta quinta-feira (13) aos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) as reivindicações sobre igualdade de oportunidades da categoria. O Comando reivindicou a incorporação à Convenção Coletiva de Trabalho do aditivo assinado em março deste ano que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias. Outra questão levantada é que as negociações da campanha comecem a ser definidas na semana que vem.

As propostas da categoria discutidas nesta quinta-feira apontam para o fim das desigualdades nas instituições bancárias, que atingem preponderantemente as mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiência (PCDs). O Comando Nacional reivindicou a incorporação à Convenção Coletiva do aditivo assinado em março com a Fenaban para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias. No programa está prevista a criação pelos bancos de canais de apoio para que bancárias vítimas de violência busquem assistência, acolhimento e atendimento.

“Esse debate precisa ser feito banco a banco, para implementarmos esses canais internos. Esses canais iriam ser construídos quando surgiu a pandemia. Agora, precisamos informar o quadro de funcionários. Precisamos retomar essas ações e implementar esse programa para dar assistência às bancárias vítimas de violência”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, umas das coordenadoras do Comando Nacional d@s Bancári@s.

Negros no setor bancário

Os negros estão subrepresentados no setor bancário, com apenas 3,4% de pessoas pretas e 21,4% de pardas, sendo que a população economicamente ativa no Brasil, com ensino superior completo ou incompleto, é composta de mais de 52% de negros (pretos ou pardos).

A diferença de remuneração entre brancos e negros também apresentou pequena redução. Em 2008, a remuneração média dos negros representava 84,1% da remuneração média dos brancos; e em 2014, essa relação passou para 87,3%.

PCDs

Em 2014, os PCDs representavam 3,6% do total da categoria. Abaixo portanto dos 5% que determina a lei para empresas do porte dos cinco maiores bancos que atuam no Brasil.

“Essa discriminação é um absurdo em pleno século 21. Os bancos precisam adotar políticas de inclusão que acabem com essa discriminação. Não basta passar por empresas modernas e preocupadas com a diversidade, como os bancos se mostram nas propagandas, é preciso que de fato eles implementem isso. Por isso que a divulgação dos dados do último Censo é importantíssima para que possamos dar continuidade às discussões do tema igualdade de oportunidades”, reforça a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora do Comando Nacional, Ivone Maria da Silva.

Censo

Na reunião, a Fenaban apresentou os dados do 3º Censo da Diversidade Bancária. Mas, as informações trazidas foram consideradas insuficientes pelo movimento sindical. Os representantes do Comando Nacional reivindicaram que os dados sejam apresentados de forma completa para uma análise das desigualdades que atingem @s bancári@s.

A Fenaban ficou de apresentar os dados em uma nova reunião a ser marcada. “Os dados do censo apresentados foram insuficientes. Vamos marcar uma próxima reunião para a Fenaban abrir todos os dados”, disse Juvandia.

Campanha

A presidenta da FETEC-CUT/SP e participante do Comando Nacional, Aline Molina, ressalta que a categoria espera definições por parte da Fenaban: "Hoje fizemos muitas discussões, e já debatemos a maior parte de nossas pautas. Esperamos que a Fenaban se posicione, e traga propostas efetivas para as demandas da categoria. As próximas reuniões tratarão das clausulas sociais e econômicas, e precisamos de definições para poder renovar a CCT", salienta Aline.
  Fonte: Contraf-CUT, com redação FETEC-CUT/SP
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